Portas abertas para a emergência do Hospital Santo Antônio, em Blumenau

Um dia após o Hospital Santo Antônio (HSA) anunciar a suspensão do pronto-socorro adulto pela falta de médicos, cerca de 30 profissionais do corpo clínico e do Conselho Regional de Medicina do Estado de Santa Catarina (Cremesc) se reuniram na unidade ontem à noite e decidiram que o atendimento não será afetado.

Segundo o prefeito Napoleão Bernardes, as negociações acabaram ontem às 22h30min, após decisão de que haverá um remanejamento da escala dos médicos da ala adulta do pronto-socorro. O prefeito não participou do encontro, mas foi comunicado do resultado. Profissionais que participaram das negociações também confirmaram as informações.

O hospital, no entanto, se limita a dizer, por meio da assessoria de imprensa, que houve uma boa evolução durante a reunião e que está próximo de uma solução do problema. O anúncio oficial deve ser feito apenas nesta sexta-feira pelo diretor clínico, Dr. Geraldo Silva.

Apesar da resolução provisória, o hospital aguarda o aumento dos subsídios do Estado e do município. Segundo a Secretaria de Desenvolvimento Regional (SDR) de Blumenau, através da assessoria de imprensa, a renovação do repasse deve ser feita em abril. Atualmente, são enviados R$ 3,3 milhões por ano do Governo do Estado. O convênio existe desde 2004. De acordo com a assessoria, de 2004 a 2010, o hospital recebia R$ 3 milhões anualmente. Em 2011 o valor passou a ser de R$ 3,1 milhões e do ano passado até abril deste ano, a ajuda é de R$ 3,3 milhões.

Segundo a assessoria, o secretário de Desenvolvimento Regional, Lúcio César Dib Botelho, já conversou com o secretário de Saúde, Dr. Dalmo Claro de Oliveira e com o governador Raimundo Colombo, mas eles ainda estão analisando o aumento dos subsídios.

Conforme a secretária de Saúde de Blumenau, Maria Regina de Souza Soar, a definição do aumento do repasse por parte do Estado e do município devem ser definidas na próxima semana. Ela solicitou, em ofício enviado ao hospital, um posicionamento da instituição e a devida solução do problema. Desde janeiro, segundo Maria Regina, a Secretaria de Saúde junto a Secretaria da Fazenda estuda aumentar o recurso.