Depois de 2 anos e 7 meses, finalmente a bola vai voltar a rolar no Maracanã na noite deste sábado. Quando o Brasil foi anunciado como país-sede da Copa, em 30 de julho de 2007, já se sabia que o estádio construído para o Mundial de 1950 teria que ser o centro de tudo em 2014. Mas para isso seria necessária uma mudança completa, mesmo que já tivesse havido uma para os Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro daquele ano.
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Hoje, o estádio tem uma estrutura diferente. São dois setores unificados formando um grande anel de cadeiras com camarotes no meio. A capacidade será de 78.838 torcedores, a antiga cobertura de concreto veio abaixo dando lugar a uma lona que vai cobrir 95% dos assentos. Quatro telões de 100m² cada dão ao espectador todos os detalhes.
Na parte de dentro, está tudo certo. Mas, do lado de fora, a situação é preocupante. Nesta sexta, centenas de operários trabalhavam no entorno. O que mais se via eram caminhões e guindastes. Com cimento e tijolo por todo lado, a reabertura será marcada por uma obra inacabada. Dá para entender facilmente por que no sábado todas as avenidas que dão acesso ao estádio estarão bloqueadas: para chegar ao Maracanã só com transporte público, carros particulares estão proibidos. Os jornalistas não terão nem tomadas para trabalhar.
Por causa deste atraso o governo está tratando o jogo somente como um teste e não como a inauguração oficial, que vai ficar para 2 de junho, com Brasil x Inglaterra. Neste sábado, as principais atrações serão os ex-jogadores Ronaldo, Bebeto, Renato Gaúcho, Júnior, Djalminha e Zinho, que farão um jogo com dois tempos de 30 minutos. Romário alegou dores nas costas e não virá. Assim o deputado não terá de cruzar com seu grande desafeto do momento, o presidente da CBF, José Maria Marin.
A presidente Dilma Rousseff, que confirmou presença, também deverá evitá-lo. Os shows serão de Naldo, Martinho da Vila, Neguinho da Beija-Flor e Preta Gil. O Hino Nacional será interpretado por Sandra de Sá, Fernanda Abreu, Ivan Lins e Eduardo Dusek. A plateia será formada pelos 8 mil operários que trabalharam na obra e seus familiares, totalizando cerca de 27 mil pessoas.
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Será um presente para eles, que terão um sábado de festa. Mas, no dia seguinte, eles voltam ao trabalho para terminar o estádio.