Além dos efeitos ambientais da portaria do Ministério do Meio Ambiente, há um impacto econômico que deve ocorrer assim que a medida passar a ter efeito. Representantes do setor pesqueiro afirmam que a mudança pode cortar milhares de empregos apenas na região de Itajaí.

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– De uma forma geral, todas as 60 mil pessoas envolvidas direta e indiretamente serão afetadas. Seja com demissões, falências de empresas ou a redução drástica de faturamento – diz Giovani Monteiro, presidente do Sindicatos dos Armadores e das Indústrias da Pesca de Itajaí e Região (Sindipi).

O representante das indústrias de pesca alega que, ano a ano, os pescadores vêm identificando um aumento nos cardumes. Dizem também que, da forma que está a portaria, acabaria com um tipo de pesca, a chamada de espinhel de fundo (consiste em deixar uma série de anzóis com iscas no fundo do mar para pescar chernes e garoupas, por exemplo).

Fechamento tem efeito em cadeia

A operadora dos terminais do porto de Itajaí, a APM Terminals, disse, por meio de sua assessoria, que não haviam navios programados para a chegada na segunda e terça-feira e por isso não teria sofrido nenhum prejuízo com os protestos. Já o porto de Navegantes disse que teve um navio de carga preso por 12h no bloqueio. Ele estava programado para atracar por voltas das 6h da manhã de terça.

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– Ainda não é possível calcular prejuízos, contudo o atraso na operação traz muitos transtornos porque é um efeito em cadeia, influenciando até outros portos – disse Osmari de Castilho Ribas, diretor-administrativo da Portonave.