* Nascido na Terra do Carvão, Zé Dassilva é escritor, cartunista e jornalista formado pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Hoje é chargista no Diário Catarinense, roteirista na TV Globo e pesquisador de histórias pitorescas do futebol brasileiro, como o percalço protagonizado pelo ex-jogador do Metropol Edson Madureira, retratada ao lado.

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“Quase fui embora no mesmo dia”

Nascido Manuel Edson Ferreira, o jogador de futebol Edson Madureira saiu do Rio de Janeiro e foi morar em Criciúma em 1965 para atuar no gigante Metropol. Mas quase que foi embora no mesmo dia, tudo por culpa de um trem. No caminho do aeroporto para a sede do clube, o carro em que estava o jogador passou perto demais da locomotiva, e a fumaça do trem sujou a gola da camisa branca do jogador. Inicialmente ele ficou muito bravo, mas depois percebeu que era muito pouco diante do que ele viria a sentir pela cidade depois.

– O Rio de Janeiro era uma cidade muito badalada e que começava a enfrentar problemas sociais provocados pelas drogas. Me senti muito bem quando cheguei em Criciúma, uma cidade “virgem” e até hoje muito hospitaleira – conta o ex-jogador, que hoje aos 68 anos tem uma distribuidora de tintas.

Na Capital do Carvão Edson Madureira não teve problemas para enfrentar a saudade da família e cidade natal. Como naquela época a cidade tinha quatro times de futebol, havia uma “legião” de jogadores de outras partes do país. Assim, os “forasteiros” formaram na nova casa um círculo de amizade que ajudou na adaptação.

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