Em julho, dias após o massacre num cinema em Aurora, Colorado, a deputada estadual Diana DeGette fez um apelo em nome dos 12 mortos:
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– Nós não acreditamos que a Constituição americana garanta a alguém o direito de entrar em um cinema com uma arma semiautomática e munição pesada e atirar em 71 pessoas.
O pedido de DeGette para discutir o controle de armas não resistiu à muralha do poderoso lobby do setor. Para muitos membros do Congresso, tocar no vespeiro das armas é sinônimo de incomodação e poucos votos.
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Após o horror em Newtown, com o fuzilamento de 20 crianças e seis adultos na escola primária Sandy Hook, o tema voltou à agenda com mais vozes pedindo reforma. Na segunda-feira, o senador democrata Joe Manchin (Virgínia Ocidental), conhecido opositor das restrições, indicou que mudado de posição. No domingo, o presidente Barack Obama deu sinais de que está disposto a levantar a discussão – mais de 12 tiroteios em massa ocorreram em seu governo. O porta-voz da presidência, Jay Carney, disse que “nas próximas semanas” Obama transmitirá aos americanos “possíveis abordagens sobre o tema” .
Na manhã de segunda-feira, mais de 140 mil pessoas tinham assinado petição no site da Casa Branca para reivindicar lei sobre o controle das armas. Pesquisa divulgada pela rede ABC e pelo jornal Washington Post mostrou que 54% dos americanos apoiam a adoção de restrições à venda de armas e 59% são contra a comercialização de armamentos com grande poder de fogo.
Newtown enterrou duas vítimas da chacina, os meninos Noah Pzoner e Jack Pinto, seis anos. Em Los Angeles, um homem que guardava armas em casa foi preso por publicar no Facebook ameaças contra escolas.
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