Para promover a luta contra as mudanças climáticas, o Quênia instituiu um feriado nacional dedicado ao plantio de 100 milhões de árvores. Com uma população de aproximadamente 50 milhões de habitantes, a meta é que cada cidadão plante pelo menos duas mudas.

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Segundo reportagem da BBC, o governo almeja o plantio de 15 bilhões de árvores ao longo de uma década. A ministra do Meio Ambiente, Soipan Tuya, destacou que o feriado visa envolver todos os quenianos na iniciativa, proporcionando uma oportunidade abrangente de participação.

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Árvores e o impacto no aquecimento global

O papel crucial das árvores na mitigação do aquecimento global reside na sua capacidade de absorver dióxido de carbono (CO2) da atmosfera, ao mesmo tempo em que liberam oxigênio. Para incentivar o plantio, o governo está disponibilizando aproximadamente 150 milhões de mudas por meio de viveiros públicos. Essas mudas podem ser adquiridas gratuitamente nos centros das agências florestais e destinam-se a ser plantadas em áreas públicas designadas.

O governo também incentivou a população a adquirir pelo menos duas mudas para plantar em suas residências. O presidente do Quênia, William Ruto, participou plantando uma muda em Makueni, no leste do país, enquanto ministros e governadores se envolveram em outras regiões.

Perto da nascente do rio Athi, dezenas de pessoas, incluindo soldados e moradores, participaram, expressando preocupações sobre a diminuição dos níveis de água. Alguns, como o estudante Wycliffe Kamau, destacaram a importância de combater as mudanças climáticas. No entanto, é esperado que muitas pessoas, especialmente nas cidades, não participem ativamente da iniciativa e simplesmente aproveitem o feriado extra.

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Críticas à iniciativa

Houve críticas ao governo, especialmente em relação à extração ilegal de madeira em florestas públicas, apesar da recente suspensão da proibição dessa prática. A ministra Tuya defendeu a decisão, alegando que apenas florestas destinadas a fins comerciais foram afetadas, representando cerca de 5% do total.

Apesar das críticas, Tuya assegurou que a iniciativa continuará após o feriado especial, com a expectativa de plantar 500 milhões de árvores até o final da estação chuvosa, em dezembro.

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