Em várias unidades de uma rede de supermercados, em São Paulo, está se tornando comum ver lacres nos vidros de azeite para prevenir furtos, após o aumento do preço do produto de quase 50% desde 2023. As informações são do g1.
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Em uma tentativa de tentar procurar o menor preço do produto, os clientes se posicionam em frente às prateleiras, como dona Denise, mas sem sucesso. Com variação mínima, a garrafa de meio litro de azeite está quase R$ 50.
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— Não vou levar não. É pequena demais. Não estou vendo nenhum para mim — afirmou a mulher ao sp1.
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Enquanto isso, uma cozinheira de um restaurante árabe na capital paulista falou sobre a dificuldade de investir no item, além da mudança que teve que fazer na cozinha do estabelecimento.
— Se antes era um fio, agora é uma gota — diz ela sobre o uso do azeite.
Preços em alta
Nos últimos 12 meses até maio, o preço do azeite subiu quase 50%, conforme dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Isso é um impacto direto do calor e da seca que atingem a Europa.
A azeitona, matéria-prima do azeite, é cultivada principalmente por países europeus, de acordo com o Conselho Oleícola Internacional (COI):
- Espanha, responsável por 42% da produção mundial;
- Itália, com 9,7% da produção mundial;
- Grécia, com 8,2% da produção mundial.
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O azeite também é vital para a economia de Portugal, que envia 53% de gorduras e óleos vegetais ao Brasil, segundo o Comex Stat, sistema do governo para extração das estatísticas do comércio exterior brasileiro. O levantamento, no entanto, não separa o azeite dos demais óleos.
A maior parte do azeite consumido pelo Brasil é importada. Entre os maiores fornecedores do Brasil, estão:
- Portugal (53%);
- Espanha (15%);
- Paraguai (9,7%);
- Argentina (7,1%);
- Itália (5,3%);
- Chile (5%).
Na Europa, entre os anos de 2022 e 2023, a produção de azeite teve uma queda de 20%. No mundo, a fabricação caiu em torno de 8% entre 2021 e 2022, conforme dados da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq – USP).
*Sob supervisão de Andréa da Luz
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