Parece até contraditório. De um lado, dados sinalizam uma melhora na situação da pandemia em Blumenau. De outro, os números empurram a região para a pior classificação no mapa de risco do coronavírus, permanecendo na cor vermelha há dois meses. Afinal de contas, por que o Médio Vale do Itajaí não sai do nível gravíssimo há semanas?
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Enquanto outras regiões do Estado apresentaram melhora no mapa de risco nas atualizações mais recentes, Blumenau e região continuam entre os poucos que têm o pior cenário. Além do Médio Vale, a Foz do Itajaí-Açu (entorno de Itajaí), o Alto Vale do Rio do Peixe e o Nordeste catarinense estão classificados em risco gravíssimo.
O motivo? Os cientistas de dados levam em consideração alguns itens para determinar o grau de risco de cada ponto do mapa, como taxa de ocupação em UTI, mortalidade, transmissibilidade e vacinação.
No caso de Blumenau e região, apesar dos números começarem a apontar queda, na semana passada a transmissibilidade e espaços utilizados em UTIs possuíam nota máxima na metodologia do Estado.
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Atualmente, conforme dados do governo, 75% dos leitos SUS estão ocupados em todo o Vale. No Hospital Santa Isabel, em Blumenau, o índice é de 100%. No Santo Antônio, 95%. No Hospital Beatriz Ramos, em Indaial, 88%. Sem tréguas nas unidades, a nota mais elevada é inevitável.

Outro ponto crítico é a transmissibilidade, que analisa a capacidade de infecção na população. Com esses dois itens no vermelho, a nota do Médio Vale se mantém alta, o que impede uma melhora de nível. A última vez que a região esteve em risco grave, a cor laranja, foi no começo de junho.
Conforme a vacinação avança, a tendência é que os dados comecem a ser positivos. Porém, os cuidados preventivos com distanciamento, higienização das mãos e uso de máscara precisam continuar.
Até quando ainda não é possível saber.
Coronavírus no Médio Vale
Blumenau e região somam quase 126 mil casos confirmados de Covid-19 desde a chegada da pandemia, de acordo com dados do Estado. São mais de 1.300 casos ativos e a quantidade de mortos ultrapassa os 1.500 óbitos. A taxa de ocupação em UTIs é de 76%, ainda segundo os dados do governo do Estado desta terça-feira (3).
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