Durante a Conferência Estadual das Cidades, em São José, percebemos que o debate sobre a cultura tem que permear, necessariamente, as discussões sobre o desenvolvimento urbano, pois é nas cidades que as pessoas criam, interagem reproduzem e consomem cultura.

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O desafio é sensibilizar a sociedade civil em todas as áreas e governos sobre a necessidade de a cultura ser tratada como elemento essencial à vida fundamentada em sua concepção tridimensional e ter por finalidade promover o desenvolvimento humano, social e econômico com pleno exercício dos direitos culturais.

O momento impõe grandes desafios estratégicos para os municípios de nossa região metropolitana do Vale do Itajaí, pois estamos localizados em zona costeira que tem grande valor econômico de território, principalmente porque as cidades estão sendo definidas sob a influência política do mercado imobiliário.

É preciso a adoção de políticas de desenvolvimento urbano que garantam espaços culturais adequados às manifestações onde cada cidadão tenha oportunidade de acessar, criar e consumir o produto artístico e cultural que desejar.

É urgente a articulação entre os municípios para que a economia criativa surja nesse contexto como a nova matriz econômica em nossa região, por meio da produção cinematográfica, de moda, artes visuais, artesanato e outros segmentos, pois é preciso conceber novo fundamento econômico para suceder a indústria da construção civil que está perto de seu esgotamento, pelos limites de nossas bacias hidrográficas, pelo colapso da mobilidade urbana. Vivemos um momento é virtuoso e próspero para a Arte e a Cultura, com a implantação do Sistema Nacional de Cultura e seus instrumentos.

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