Enquanto a bola não rola para a final do Campeonato Catarinense, a rivalidade entre Joinville e Figueirense começa a esquentar nos bastidores. Depois de um julgamento na Comissão Disciplinar do Tribunal de Justiça Desportiva (TJD) suspender o zagueiro Juliano por quatro jogos por causa de uma confusão no último clássico contra o Alvinegro, o departamento jurídico do Tricolor corre contra o tempo para ingressar com um efeito suspensivo e conseguir a liberação do atleta para a final.

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No duelo que aconteceu no returno do quadrangular, Juliano recebeu o cartão vermelho porque teria revidado um tapa que recebeu de Marquinhos, zagueiro do Figueirense, que também foi expulso. Na terça-feira, os dois atletas foram julgados. Enquanto o jogador do Alvinegro pegou um jogo de suspensão – já cumprido -, o jogador joinvilense pegou quatro jogos de gancho, causando indignação no jurídico do JEC.

– Essa é uma grande surpresa para nós. O árbitro expulsou os dois atletas porque teriam trocado tapas. Entenderam que um foi com intenção de agressão e o outro não, aplicando penas diferentes. Foram dois pesos e duas medidas – reclamou Roberto Pugliese, advogado do Tricolor.

Na tarde desta quarta-feira, o departamento jurídico do Joinville acertava os últimos detalhes para ingressar com o pedido de efeito suspensivo. Pugliese está confiante de que o pedido será aceito e Juliano possa ficar à disposição para os jogos da decisão. A decisão do TJD deve se tornar pública nesta quinta-feira.

Confira abaixo o trecho da súmula no qual o árbitro Célio Amorim descreve o motivo da expulsão dos dois jogadores.

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“Aos 30 minutos do 1º tempo, expulsei de forma direta o Sr. Marcos Roberto da Silva Barbosa, nº 3 da equipe do Figueirense Futebol Clube, ao, durante um tumulto entre jogadores após uma falta marcada em favor da equipe do Figueirense Futebol Clube, o mesmo adentrou ao tumulto entre os atletas e expeliu um tapa na altura do pescoço do atleta adversário, o Sr. Juliano André Pereira da Silva, nº 5 da equipe do Joinville Esporte Clube. Informo ainda que em ato contínuo o Sr. Juliano André Pereira da Silva (…) revidou com um tapa no rosto do Sr. Marcos Roberto da Silva Barbosa (…) Informo que ambos atletas saíram de campo sem maiores problemas.”