O tucano Clésio Salvaro tomou posse da prefeitura de Criciúma ao fim da manhã desta quinta-feira, na Câmara de Vereadores do município, por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF). Nas eleições de 2012, Salvaro recebeu mais de 76% dos votos, mas teve a candidatura impugnada pela Lei da Ficha Limpa. A diplomação do prefeito aconteceu ao fim da tarde de quarta-feira, em sessão solene no cartório eleitoral de Criciúma.

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:: Blog do Moacir: Clésio Salvaro assumiu prefeitura de Criciúma; Márcio Búrigo não apareceu

Com a presença do senador Paulo Bauer, do deputado Doia Guglielmi, dos vereadores de Criciúma, entre outras autoridades e a comunidade do município, Salvaro fez seu discurso agradecendo a todos os seus apoiadores, em especial ao seu pai, que nunca o abandonou, além de ressaltar a importância de seus advogados.

– Aqui tem um homem que tem fé, que acredita nos seus sonhos e que não desiste. Preferi, presidente Ricardo Fabris, que a posse fosse feita nesse local, porque aqui é o local que representa todos os pensamentos dessa grande aldeia que é Criciúma. Essa é a casa que representa todos os sentimentos e todas as angústias da nossa gente. Eu sempre digo: eu sou a criança sem uniforme, a mãe desempregada, o pai do filho do viciado. Sou a esperança de todos. Para poder realizar esse sonho, preciso da ajuda de cada um de vocês – disse.

Falou, também, sobre as leis que cassaram seu mandato e sugeriu uma análise para melhorar a vida das pessoas. Concluiu celebrando seu retorno ao cargo como escolhido pela maioria dos criciumenses, com orgulho por fazer valer seus 86.016 votos.

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– Eu dizia para todos nesse município: eu vou voltar. É um direito do cidadão ter governando sua cidade aquele prefeito que ele elegeu. E eu fui eleito como prefeito de Criciúma com 86.016 votos em 7 de outubro de 2012. Agora Criciúma tem um prefeito que é desejado por todos. Quase 90% da população de Criciúma esperava minha volta e agora estou de volta! – finalizou.

O ex-prefeito Márcio Búrigo, que cumpriu agenda em Florianópolis nesta quarta-feira, não compareceu à diplomação. Búrigo ainda aguarda o andamento de seu pedido para que o STF “reconsidere” a decisão.

Entenda o caso

A decisão de caráter monocrático, proferida pelo presidente do STF, ministro Ricardo Lewandowski, foi para dar posse imediata a Salvaro, publicada na sexta-feira. O presidente do supremo aceitou recurso da coligação de Salvaro, cujo argumento era de que o tucano já havia cumprido seu período de inelegibilidade (de 2009 a 2012) e que uma lei aprovada em 2010, que estende o período de punição de três para oito anos, não poderia ser aplicada a um processo já julgado.