Por adicionar soda cáustica e água oxigenada no leite durante seis anos seguidos, 16 pessoas da empresa de laticínios Mondaí, no Oeste catarinense, foram condenadas por integrar a organização criminosa que adulterava o produto. Eles foram investigados durante a operação Leite Adulterado II, divulgada em 2014. Somadas, as penas dos réus somam mais de 125 anos de prisão.

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De acordo com a acusação do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), cada réu tinha uma função específica na organização. Diretores coordenavam e passavam as ordens para gerentes e intermediários. Os que trabalhavam nos laboratórios executavam as ações.

O comando da organização criminosa era feitos pelos dois sócio-proprietários, Irineu Otto Bornhold e Vilson Claudenir Jesuíno Freire. As instruções eram passadas para o gerente-geral, que as repassava para outras chefias intermediárias ou diretamente para quem iria cumprir as tarefas.

As maiores penas foram recebidas pelos sócio-proprietários. Cada um foi condenado a 16 anos em regime inicialmente fechado por organização criminosa, adulteração de produto alimentício, crime contra as relações de consumo e falsidade ideológica.

O advogado da empresa disse ao Diário Catarinense que vai recorrer da sentença e que acha exagero a acusação de organização criminosa dos condenados, dizendo ainda que são usados produtos químicos em vários alimentos para conservação dos mesmos. A empresa continua aberta, sob nova direção.

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Ouça a reportagem de Luciano Almeida: