A investigação oficial sobre o caso de Danilo Jacomini Pitol, de 32 anos, que desapareceu na praia da Ferrugem, em Garopaba, na quarta-feira, dia 7, não tem novidades. A família do rapaz, no entanto, que se encontra no local e procura maneiras de encontrá-lo, ouviu da população que existe um suspeito de ser responsável pelo desaparecimento de Danilo, mas que o nome dele não pode ser revelado por medo.

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– Nos disseram que sabem ou que imaginam quem possa ser o responsável pelo sumiço do Danilo, mas que não podem nos dizer porque têm medo. “Podemos perder o pescoço” foi a expressão que usaram – afirmou Ana Cristina Matioski, noiva de Danilo.

Para ela, a polícia praticamente não está colaborando no caso. Um policial teria dito à família que não tem pessoal para fazer a investigação, que ganha mal e que não consegue trabalhar assim.

– A polícia ficou cerca de uma hora no local onde o Danilo desapareceu, depois virou as costas e foi embora. O corpo de bombeiros, sim, está se empenhando, realmente procurando meu noivo. Eles descartaram afogamento e estão fazendo buscas por terra. Entramos em contato até com a polícia militar, mas eles não tinham nem conhecimento do caso.

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A família acredita que Danilo ainda está no costão da Ferrugem, local para onde ele se dirigiu na quarta-feira, por volta das 14h para fotografar a paisagem. Apenas de sunga e com a máquina no valor de R$ 5 mil, Danilo demorou a voltar a Ana começou a procurar por ele às 16 horas. Até agora, quase 5 dias depois, ainda não tiveram notícias do rapaz.

– A gente tem medo de investigar e sofrer retaliação da população local porque não sabemos com o que estamos lidando, mas estamos aceitando qualquer tipo de ajuda que leve ao paradeiro do Danilo, mesmo que sejam informações anônimas. A família já não dorme mais, discutindo o que vamos fazer, que estratégia adotar nas buscas – diz Ana.

– Ele é uma pessoa extremamente responsável. Não fuma, não bebe, não sai sem dar notícia e jamais se arriscaria tanto somente para fazer uma foto. Eu tenho quase certeza que ele foi roubado ou sequestrado, não acredito em afogamento, a praia estava cheia, e se ele tivesse caído na água os surfistas teriam visto – observa Ana.

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De acordo com o grupo de busca e salvamento dos bombeiros, a equipe tem feito buscas diárias na praia em um raio de 10 quilômetros, por terra, mar e até sobrevoos, ainda sem sucesso. O delegado responsável pelo caso, Luis Carlos Jeremias, informou que a polícia trabalha com três hipotéses: afogamento, queda ou assalto. No entanto, ressaltou que são raros os crimes na região, por isso a possibilidade de acidente é maior. A polícia civil também informou que em casos como esse, o procedimento padrão é que os bombeiros realizem as buscas.

O casal de Curitiba chegou ao Estado no último domingo e pretendia retornar somente no dia 16. Ana e Danilo chegaram sozinhos e se hospederam na Praia do Rosa. Ele é supervisor de produção e tem duas filhas, de 11 e nove anos. A noiva conta que Danilo é considerado um pai zeloso e dedicado.

Quem tiver informações a respeito do desaparecimento do turista pode entrar em contato com a família pelo telefone (41) 8852-8106.

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