Quando a vigilante Rosineide de Fátima Pereira, de 38 anos, chegou perto do abrigo que fica na rua Dorval Marcatto, no bairro Chico de Paulo, em Jaraguá do Sul, uma dúvida surgiu: ‘será que é um ponto de ônibus?’.
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A indagação de Rosineide não poderia ser mais apropriada. A estrutura enferrujada, com banco de madeira caído, sustentado por pedras e o mato tomando conta da calçada, colocam em cheque se o local funciona mesmo como uma parada de ônibus. O problema que Rosineide precisa conviver deve ser solucionado em breve. O setor de Trânsito e Transportes começou essa semana, e deve finalizar até o fim do mês, a troca de 20 pontos da cidade.
O setor chegou a esse número depois de um levantamento preliminar, que constatou 50 locais críticos dos 180 existentes na cidade. Trinta deles passarão por uma nova avaliação, que definirá se serão substituídos ou reformados. Segundo o diretor do órgão, Rogério Luiz Kumlehn, optou-se por colocar um abrigo provisório porque o Instituto de Pesquisa e Planejamento Físico-Territorial de Jaraguá do Sul (Ipplan) estuda um novo modelo de ponto de ônibus, que seja adequado para as necessidades da cidade. A definição do tipo da estrutura deve ocorrer na próxima semana.
– Essa é uma medida emergencial, pois acreditamos que ainda deve demorar seis meses para que sejam implantados os modelos definitivos – explica.
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Os abrigos que serão colocados nessa semana têm estrutura de madeira e telha de amianto, para não gerar custos aos cofres públicos. Além de definir o tipo de abrigo, segundo Kumlehn, o setor terá ainda que abrir licitação pública, que serão estipulados os prazos de entrega do material e de instalação.
– A legislação nos obriga a ser assim. Por isso, acredito que vai demorar cerca de seis meses para que os novos pontos comecem a serem montados – avisa.
De acordo com o diretor, a Prefeitura tem responsabilidade direta sobre a conservação destes espaços e a manutenção da estrutura não cabe à concessionária do transporte público.
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– Pode-se prever, no futuro, a inclusão de uma cláusula a este respeito no contrato entre a prefeitura e a empresa – admite.
Enquanto o ponto da rua Dorval Marcatto ainda não é trocado, o aposentado Candido Poftai, 67 anos, segue sem poder sentar no abrigo.
– É uma vergonha deixar nessas condições. Sabem nos cobrar impostos, mas para arrumar a estrada e o pontos nada – reclama.
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