Um muro construído dentro do Complexo Penitenciário da Agronômica, em Florianópolis, tirou a visão de duas guaritas nos fundos do terreno. Por causa do paredão, não é possível ver o presídio nem a penitenciária, unidade de onde fugiram quatro detentos entre sexta e esta segunda-feira.
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Dois fugiram na madrugada de sexta e dois na madrugada desta segunda-feira. A informação é da Polícia Militar. A direção da penitenciária nega que existe o ponto vulnerável.
As duas guaritas estão ativadas e são ocupadas por vigilantes. Elas ficam atrás do Centro de Observação e Triagem (COT), uma das unidades do complexo, e junto ao Morro do Horácio, principal destino de detentos pós fuga. Mas a visão das guaritas ficou comprometida por causa do muro que cerca o próprio COT.
_Com certeza os apenados tem conhecimento desse ponto cego, vulnerável. Dessas duas guaritas só é possível ver o telhado do presídio. O muro tirou a visibilidade. Quem planejou o muro, planejou mal_disse um policial militar do alto escalão da corporação e que preferiu não se identificar.
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Diretor da penitenciária, Gabriel da Silveira negou o ponto cego.
_São sete guaritas ativadas e todas tem visão normal. Existem guaritas desativadas, mas as que interessam e trazem segurança para o complexo estão funcionando_garantiu Silveira.
O diretor explicou também porque o sistema de videomonitoramento espalhado por todo o complexo não serviu na contenção dos foragidos.
_A fuga (a de domingo) demorou menos de um minuto. Foi visto pelo pessoal do monitoramento, mas foi muito rápido. Não deu tempo para o pessoal conseguir alcançá-los_disse o diretor.
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Silveira informou que um procedimento interno foi aberto e que o trabalho de prevenção e vigilância foi redobrado.