O lendário Pontiac GTO, surgido de uma versão do Tempest, nasceu em 1964. Junto com o Mustang, a imponente máquina deu partida no segmento dos pony e muscle cars (carros musculosos). As características principais do modelo da Pontiac, do grupo General
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Motors, eram direção mais rápida, pneus largos e saída dupla de escapamento. Carroceria longa, larga e baixa formava um carro encorpado. Na frente, grade dividida ao meio – identidade da marca – com faróis duplos nas extremidades.
Apesar de suas linhas mais retilíneas, nunca ficou menos atraente. No capô, havia entradas de ar, enquanto o interior trazia bancos individuais (raros na época) e forração de porta revestida em couro, com costuras, painel e pedais grandes e volante imitando madeira – deixando o grandalhão com visual esportivo.
Veja vídeo do anúncio de 1965 do Pontiac no Pense Carros:
O modelo chegou ao mercado com versões Sport Coupé, Hardtop Coupé e conversível e podia ser equipado com duas variações de motor: uma com carburador Carter quádruplo, que desenvolvia 325 cv, e outra com três carburadores Rochesters duplos, totalizando 348 cv. O conjunto fazia de zero a 96 km/h em 6,6 segundos.
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Em 1965, o carro estava completo, mas seu preço saltava de US$ 2,5 mil para quase US$ 3,6 mil – o equivalente a atuais US$ 20 mil. Nessa época, 75 mil unidades foram vendidas.
O bonitão envelheceu cedo, fazendo a marca reformulá-lo em 1968. Com praticamente tudo novo, a frente do carro recebeu estilo Endura, conjunto bem resistente feito de poliuretano e pintado na cor da carroceria, e faróis escondidos atrás da grade, lembrando o Dodge Charger da época. Série especial deixou musculoso mais potente
Para 1969, a Pontiac não fez nenhuma alteração no GTO, mas lançou a série especial The Judge (o juiz, em inglês), marco na história do musculoso. Além da pintura diferenciada na cor laranja, ganhou as ruas equipado com aerofólio e motor 400 de 366 cv, que levava-o de zero a 96 km/h em 6,2 segundos. Um automóvel realmente esportivo.
No ano seguinte, o motor Ram Air IV virou opcional de produção reduzida e pouco tempo depois saiu de cena, dando lugar ao V8 455 de 360 cv. Como os fãs da marca começaram a reclamar, logo a Pontiac voltou a oferecer o propulsor, agora Ram Air V.
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A crise do segmento piorou em 1971, e a GM diminuiu a taxa de compressão de todos os motores. O Ram Air foi extinto de vez, e o 400 baixou a 300 cv. O pony daquele ano ainda recebeu reestilização da dianteira.
Para os fãs, 1972 foi o último ano do verdadeiro Pontiac GTO. Em 1973 o carro voltava às suas origens, retornando ao estado de versão especial do Le Mans, recém-estilizado. No ano seguinte, trouxe ainda a versão Ventura.
No Salão de Detroit de 1999, a marca apresentou um conceito com o nome GTO, de visual bastante futurístico e cara de mau. Quatro anos mais tarde, em 2003, a GM colocou o modelo novamente no mercado. Baseado no Holden Monaro, o possante era importado da Austrália com o mesmo 5.7 V8 do Corvette, com 350 cv.
O sucesso do GTO levou-o às telonas. No filme Triplo X, estrela em versão preparada do modelo 1967, último antes da primeira reestilização.
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