Foram décadas de espera. Uma espera que chegará ao fim no dia 30 de dezembro. Dois dias antes, no sábado, dia 28 de dezembro, a NSC TV vai mergulhar nos detalhes, na história e no envolvimento que a Ponte Hercílio Luz tem com Florianópolis e com todos os catarinenses. Desde sua construção, o programa resgata fotos raras que mostram uma Florianópolis bem diferente e também os desafios de uma construção tão grandiosa para a época.
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O fio condutor da história é o Diário de Patrick, relato de um engenheiro americano contratado para trabalhar na construção da Ponte Hercílio Luz. Nas páginas, ele registra a rotina da construção, em um relato que resgata momentos marcantes da história de Santa Catarina entre 1922 e 1926. O programa ainda recria o hino cantado por crianças na inauguração da estrutura, em 13 de maio de 1926.
A releitura foi feita pelos músicos Amanda Bueno e Ramon Pereira, com interpretação do coral Vozes do Amanhã, do Instituto Estadual de Educação, em Florianópolis. No programa deste sábado, Raphael Faraco conta a história de personagens que têm uma relação próxima com a ponte. Os trabalhadores que estão há décadas no local, os que têm a ponte como vizinha e também os que contam os minutos para o reencontro com a Velha Senhora. Ânderson Silva traz os números e a linha do tempo das reformas. E tudo costurado com belas imagens da ponte. O resultado deste especial você confere no dia 28/12, às 14h, na NSC TV.
A reabertura
Santa Catarina vive uma relação de amor e decepções com o seu principal cartão-postal. Inaugurada em 13 de maio de 1926, a Ponte Hercílio Luz é o principal símbolo do Estado. A Velha Senhora, como é chamada, foi a primeira ligação da ilha de Santa Catarina com o Continente. Até então, acessar Florianópolis dependia de barcos e travessias pelas baías.
O plano ousado de construir uma ponte ficou sob responsabilidade de uma empresa americana. Os técnicos e engenheiros levantaram a ponte pênsil que até hoje é uma das maiores do país. Foram quatro anos de obras que exigiram muito mais do que os conhecimentos teóricos. Mas depois de décadas de orgulho e dependência, a ponte virou motivo de desgosto. Em 1982, a falta de manutenção levou à primeira interdição.
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Entre liberações e novos fechamentos, foram mais nove anos, até que, em 1991, a Hercílio Luz foi fechada definitivamente por causa do risco de colapso. Milhões de reais foram gastos em restaurações, levando parte da população a se voltar contra o cartão-postal. Mas, apesar de abalada, a fascinação pela estrutura sempre esteve presente. Nas visitas, na fotos e no imaginário das pessoas.