São madeiras quebradas, telas destruídas, cabos de aço rompidos e muita insegurança na hora de fazer a travessia na ponte pênsil Fábio Domingues de Castro, na Guarda do Cubatão, em Palhoça.
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Depois de muita reclamação dos moradores, nesta semana a Defesa Civil do município deu início à reforma da estrutura. Mas, para quem passa por ali diariamente, a obra não será suficiente.
– Eles fazem reforma direto, só trocam as tábuas, mas não adianta de nada, é desperdício de dinheiro. Precisava era trocar de uma vez a ponte toda – diz a aposentada Célia dos Santos, 59 anos, que mora bem em frente ao problema.
A ponte fica a poucos metros do trevo de entrada para a Guarda do Cubatão. Ela é utilizada diariamente pelos moradores que precisam ter acesso a serviços como farmácia, posto de saúde e creche. A outra alternativa seria fazer a volta pela BR-101, o que exigiria uma caminhada de quase uma hora.
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Histórico de perigo
Depois que um morador caiu após enganchar a perna em um buraco no piso de madeira, um carro e uma moto também já quase provocarem uma tragédia ao prenderem as rodas, a população resolveu fazer, na primeira semana de fevereiro, um protesto para chamar a atenção das autoridades.
Eles pedem uma nova ponte, porque na atual passam, ao mesmo tempo, carros, motos e pedestres. Isso numa ponte que balança e onde o peso de um interfere no equilíbrio do outro.
– Quando passa um carro e tem gente atravessando a ponte, eles não esperam e a pessoa, se não se segurar bem, capaz até de cair – relata Célia.
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Maiara dos Santos, 25, passa todo dia pelo local para deixar a filha na casa da avó. A balconista conta que já aconteceu de ter que voltar de ré, porque os carros entram dos dois lados. Informação confirmada por outra moradora, que pede também sinalização e consciência dos motoristas.
– O pessoal passa com três, quatro carros em cima. O cabo de aço já arrebentou. Não tem nenhum tipo de sinalização pra orientar – informou Cassilda Maria Fraga, 55 anos, moradora do local.
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Em obras, ponte fecha para carros
Com as obras, a passagem para carros foi fechada. Só bicicletas, motos e pedestres conseguem fazer a travessia. A muito custo, por sinal. E assim será por aproximadamente 10 dias – se o tempo ajudar – previsão que a Defesa Civil deu para finalizar as obras, que consistem na troca das madeiras, cabos, telas, pintura e iluminação.
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O Secretário de Infraestrutura da cidade, Eduardo Freccia, afirmou que a manutenção é uma solução a curto prazo, mas que a troca da ponte já está sendo estudada.
– Nós estamos com um processo licitatório para contratar um projeto para a ponte, que não temos ainda. Mas esta é uma solução a longo prazo. Por enquanto, será feita a manutenção, que está sob a responsabilidade da Secretaria de Serviços Públicos.