Paralisadas desde novembro do ano passado, as obras da ponte do canal da Barra da Lagoa, na SC-406, serão retomadas nos próximos dias, segundo o Deinfra. A ordem de serviço foi assinada no dia 2 de junho e segundo o gerente de Obras do órgão estadual, Adalberto de Souza, a empresa responsável, a BTN, de Joinville, “está se agilizando” e volta aos trabalhos para a conclusão da construção. A previsão, segundo ele, é que a ponte esteja pronta até início de dezembro, antes da temporada.
Continua depois da publicidade
A antiga ponte, que tem mais de 40 anos, segundo moradores, e 40 metros de extensão, será demolida. O novo acesso tem 50 metros de extensão e seis metros de altura — para passagem tanto de embarcações pesqueiras como turísticas. A construção está orçada em R$ 3,2 milhões.
A obra está paralisada desde novembro do ano passado, a pedido dos moradores da Fortaleza da Barra, que questionaram o possível congestionamento no acesso à comunidade durante a temporada. Isso ocorreria porque a nova ponte tem só uma pista pronta. Para a construção da segunda, a antiga estrutura precisa ser demolida primeiro.
Outro problema é que, com a nova ponte, os motoristas reclamam que não haverá um acesso adequado à Fortaleza, já que não haverá uma ligação direta à estrada principal da comunidade, diferente do que ocorre hoje.
Continua depois da publicidade
A região tem cerca de 1,5 mil moradores, restaurantes e pousadas. Um abaixo-assinado, que já conta com mais de 600 assinaturas, foi criado para cobrar a agilidade nas obras e um acesso mais seguro à comunidade. Mas nenhuma das opções apresentada até agora traz segurança ao trânsito, na opinião dos moradores.
Na última reunião entre Deinfra e comunidade, o órgão apresentou a proposta de fazer um trevo alemão, com alargamento na entrada da rua Laurindo José de Souza, para passarem veículos maiores como caminhões.
— Queremos um projeto que preveja segurança, sinalização adequada na entrada e saída das ruas. Não queremos que acidentes ocorram ali por conta de erro no projeto — observou o presidente do Conseg do bairro, Gilson Manoel Bittencourt, de 60 anos.
Continua depois da publicidade
Dúvidas sobre o projeto
A comerciante e moradora nativa da Barra, Eliene Bitencourt, 49, acredita que, além de a ponte não beneficiar os moradores locais, que enfrentarão ainda mais dificuldade para acessar as ruas José Laurindo de Souza e Rafael Linhares, visualmente, ela não agrada.
— Poderiam não só pensar nas embarcações que vão passar por ali, mas num ponto turístico novo para o bairro — comentou.
Segundo assessoria de imprensa do Deinfra, a obra de alargamento para a entrada do bairro deve ser iniciada em poucos dias com terraplanagem da área. Mas ainda há dúvidas.
Continua depois da publicidade
— Se vão alargar a rua, por que não procuraram os moradores para a desapropriação? — indaga o presidente do Conseg. Segundo o órgão estadual, desapropriações não estão previstas neste momento com o projeto, e o alargamento pode ser feito mesmo assim.