A pônei Grinalda da Terra, de nove meses, virou uma das atrações da 36ª Expointer, que ocorre em Esteio, na Grande Porto Alegre (RS). Ela teve o pelo tingido de cor-de-rosa pelo veterinário Gustavo Terra, proprietário do Haras Terra, de Tupanciretã. Segundo ele, o produto usado para pintar o animal é o mesmo utilizado em cachorros poodles. Além disso, Terra garante que o corante não tem toxicidade e não causa alergias.

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– Todo mundo que passa, adora. Temos o apelo de mostrar às pessoas que o pônei é um animal dócil, que pode ser domesticado. É um brinquedo vivo, qualquer criança pode ter um – afirma.

O criador conta ainda que, na Europa, os pôneis servem também de guia para pessoas com deficiência. Nos sítios, fazendeiros utilizam o animal como iniciação à montaria em crianças, “para elas tomarem gosto pelos animais”, reforça Terra.

Foto: Roberto Azambuja

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Para a presidente da Comissão de Ética e Bem-Estar Animal do Conselho de Medicina Veterinária do RS, Ceres Faraco, a atitude é “inadequada”. Ela defende a preservação das características naturais do animal.

– Temos a preocupação de preservar os animais da forma como eles são, reconhecê-los e respeitá-los dessa maneira. A gente tenta impedir que as pessoas olhem o animal de uma outra maneira além de suas características – diz.

Ceres explica que a melhor forma de demonstrar interesse por um animal é pela genuinidade. Ou seja, o pônei deveria ser reconhecido com as características e necessidades que possui desde o nascimento.

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– O fato de ser doméstico não quer dizer que ele precisa ser transformado, porque pônei rosa não existe – completa.

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