De vez em quando o termo politraumatismo volta a aparecer no noticiário. Infelizmente, esse é um quadro recorrente em casos de acidente. Casos como a morte da cantora Marília Mendonça e o atropelamento do ator Kayky Brito tiveram esse diagnóstico.

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Entender o conceito e o que se sucede nestes casos é importante, evitando desinformação e dando uma  maior ideia do que realmente se passa no tratamento. 

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O que é politraumatismo?

De acordo com a Sociedade Brasileira de Traumas Ortopédicos, Politraumatismo, como o próprio nome sugere, acontece quando lesões graves são causadas em mais de um lugar do corpo. Mas vale ressaltar que essa situação é causada por fatores externos, como impactos ou queimaduras, por exemplo. 

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A depender do nível do politraumatismo, ele pode vir a causar óbito. Isto pois compromete ao mesmo tempo vários órgãos que são fundamentais para o sistema vital.

As lesões mais comuns nesse quadro são fraturas ósseas, lesões cerebrais que podem causar cegueira e perda de audição, além de danos na coluna e nas vértebras.

É necessário ter muito cuidado ao fazer esse diagnóstico. Isto pois ele é muito variável e é necessário se ter um panorama do grau de impacto de cada uma das lesões e como elas estão impactando o sistema corporal.

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O que causa um politraumatismo?

Tendo em vista que se caracteriza por lesões das mais diversas em lugares diferentes do corpo, o politraumatismo pode acontecer em inúmeras situações.

Contudo, as estatísticas demonstram que esse quadro ocorre com maior frequência em decorrência de acidentes automobilísticos, explosões e acidentes de trabalho.

De acordo com especialistas, a causa principal do politraumatismo é o efeito da energia que é desprendida no momento do impacto. Quanto maior é essa energia, piores serão os traumas.

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Além disso, a velocidade dos corpos no momento da colisão também pode vir a piorar os quadros das lesões. Por isso, acidentes com aviões quase sempre são fatais.

Diferença entre traumatismo craniano e politrauma corporal

Dentro dos politraumas, existem duas caracterizações principais, traumatismo craniano e traumatismo corporal.

O primeiro é toda lesão que envolve o osso craniano, os vasos, os nervos e outras partes da cabeça. Esse trauma é extremamente letal dependendo da gravidade, pois o indivíduo pode morrer com um trauma craniano mesmo sem ter nenhuma lesão em outra parte do corpo. Posteriormente, outros problemas podem aparecer, como infecções, convulsões, mudanças no comportamento e até deformações na cabeça.

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O Politrauma corporal, por outro lado, são traumas que envolvem apenas as partes do restante do corpo, com exceção da cabeça. Pode parecer que não, mas esse é tão perigoso quanto o traumatismo craniano, pois mais de uma parte é atingida e demanda atenção.

Atendimento de politrauma

De início, o paciente com politrauma começa já no local do acidente. Por isso, é indicado que as pessoas não encostem na vítima antes da chegada da equipe médica, já que um deslocamento muito brusco pode agravar os traumas.

Em seguida, a prioridade dos paramédicos é fazer a imobilização da coluna e manutenção das vias aéreas, facilitando a passagem de ar e retirando o que possa estar obstruindo. 

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Além disso, o socorro inicial verifica hemorragias que precisam ser estancadas rapidamente.

Por fim, a equipe tenta comunicação com os pacientes para checar se a vítima está consciente.

Tratamento de politrauma

Quando uma pessoa com politraumatismo chega no hospital, alguns exames são feitos. Assim sendo, geralmente é feita uma radiografia da coluna cervical, tórax e pelve, pois uma lesão mais grave nesses locais pode representar risco à vida do paciente. Ainda que em muitos dos casos o trauma não coloque em risco a vida da pessoa, isso precisa ser certificado.

Em seguida, um raio-x dos órgãos vitais é feito. Essas imagens garantem que pulmão e a região do tórax estejam protegidos.

Depois de tudo isso, o paciente passa a ser tratado conforme a especificidade do politraumatismo, que é reversível se for tratado da maneira correta e com cuidados intensivos. Apenas em alguns casos de um trauma extremamente grave que o retorno se torna inviável.

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