As polícias Civil e Militar ocuparam novamente o Morro da Caixa, no Continente, no fim da tarde desta quinta-feira, em Florianópolis, e irão permanecer no local para garantir a segurança e prender os responsáveis por uma onda de violência gerada em retaliação a uma ação policial que prendeu traficantes, na quarta-feira.

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:: Dois ônibus são incendiados em protesto contra morte em ação policial

:: Polícia buscava fuzis e drogas na operação no Morro da Caixa

:: Suspeito de tráfico morre durante operação da Deic no Morro da Caixa

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O comandante-geral da PM, coronel Valdemir Cabral, confirmou no início da noite que os dois ônibus queimados nesta quinta após um protesto foram represália à operação feita na quarta por policiais da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic), onde um suspeito foi morto e outro baleado.

– A Polícia Militar está no local e vai permanecer para dar segurança às pessoas de bem que moram lá e prender os elementos suspeitos que estão cometendo crimes. A Polícia Civil também está no local para identificar e auxiliar na prisão dos mandantes dessa retaliação pura como acontece no Rio de Janeiro e São Paulo – disse o comandante sobre os dois ônibus incendiados.

Estão no morro tropas do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), Choque e Pelotão de Patrulhamento Tático (PPT).

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A Avenida Ivo Silveira está fechada ao trânsito. Por isso, a PM está orientando a população a evitar o tráfego naquela região e buscar alternativas. A preocupação da polícia é que criminosos estão lançando pedras contra quem transita pela via.

>> Vídeo: polícia sobe o Morro

– A via fica na parte baixa e isso a deixa suscetível a pedras que estão sendo lançadas. Mas isso não vai durar muito. Vamos estar mais presentes – comentou o comandante.

“A ordem é conter a violência”Policiais civis da Deic e da Coordenadoria de Operações Policiais Especiais (Cope) também estão no Morro da Caixa. Segundo o diretor da Deic, delegado Akira Sato, a ordem é a contenção da violência e intensificar a investigação para prender os envolvidos com o crime.

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– Sabemos que vários ali trabalham para alguns poucos – comparou Akira sobre o envolvimento de criminosos com o tráfico de drogas e os que queimaram os ônibus.

O diretor disse que o tráfico corria frouxo no Morro, tanto que os pontos de drogas estourados na quarta-feira funcionavam em casas a 20 metros da Avenida Ivo Silveira, onde criminosos embalavam drogas com janelas e portas abertas.

.: Vídeo: ônibus é consumido pelas chamas