O policial militar Luís Paulo Mota Brentano, acusado de matar o surfista Ricardinho dos Santos após uma discussão na Guarda do Embaú, falará à Justiça pela primeira vez nesta segunda-feira. Ele deve dar depoimento à juíza Carolina Ranzolin em audiência a partir das 14h, na 1ª Vara Criminal de Palhoça.

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Brentano está preso no 8º Batalhão da PM, em Joinville, e seria conduzido a Palhoça na manhã desta segunda. Ele é julgado por homicídio qualificado por motivo fútil, conforme denúncia apresentada pelo Ministério Público. Em 19 de janeiro, Mota teria atirado três vezes no surfista Ricardinho, que morreu no dia seguinte no hospital.

O PM autor dos disparos diz que agiu em legítima defesa. Ele sustenta que o surfista teria partido para cima dele com um facão em punho numa discussão por causa do lugar em que estava parado com o carro.

Exames toxicológicos mostraram que Mota havia ingerido bebidas alcóolicas no dia em que atirou em Ricardinho. A primeira suspeita – de que ele também estivesse usando cocaína -, entretanto, não se confirmou.

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Batalhão não autorizou que PM trabalhasse na cela

No começo do mês, o soldado foi autorizado pela Justiça a trabalhar em sua cela, contando que não tenha acesso à internet nem a outras pessoas. O próprio batalhão, entretanto, negou essa possibilidade, afirmando que no local não existem funções compatíveis com a autorização.

Familiares e amigos pedem que ele seja expulso da PM para passar pela Justiça comum. O processo administrativo disciplinar (PAD) contra o soldado foi aberto em fevereiro e deve ser concluído em abril, podendo levar da advertência à expulsão. A decisão final será do comando-geral da PM.