Luiz Fernando de Oliveira, policial morto durante uma operação em Florianópolis na sexta-feira (11), encontraria a filha de sete anos no dia do confronto. A mãe da menina, Juliana Costa, conta que a escala de visita era montada de acordo com a escala de trabalho do pai.

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– Ele não trabalharia naquele dia. Não pude falar com ele antes, foi [trabalhar] para substituir alguém ou trocou o dia de serviço. Não consegui falar com ele sobre isso – conta Juliana, que teve um relacionamento de cerca de 10 anos com o policial, com quem dividia, atualmente, a guarda da filha.

O caso ocorreu nos Ingleses, no Norte da Ilha de Santa Catarina. De acordo com a Polícia Militar, a equipe teria sido acionada para atender uma ocorrência de um homem armado com fuzil. Ao chegar no local, os policiais foram recebidos a tiros, e uma das balas atingiu Oliveira, que morreu minutos depois. 

A filha ficou sabendo da notícia pela mãe. Juliana conta que ainda a menina pergunta sobre o acontecido.

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– Ele era um pai excelente, preocupado com o futuro, com a saúde, com os estudos, sempre fazia de tudo para dar o melhor a ela (…) Tudo em relação à vida dela era decidida a dois – relembra.

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Luiz Fernando havia se casado com a nova esposa há pouco mais de um ano, conforme conta Juliana, que tinha uma boa relação com ambos. 

– Minha filha saberá o homem maravilhoso que ele foi, o quanto era competente, honesto, disciplinado, o quanto amava a profissão, e morreu fazendo o que mais amava – diz. 

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A mãe da vítima, Maria Irene de Oliveira, relembra que Luiz tinha orgulho de ser policial.  

– É um menino de ouro que o sonho dele era ser policial e seguir carreira, mas uma fatalidade tirou a vida dele com tantos planos – comenta a mãe. 

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Oliveira entrou para a Polícia Militar em outubro de 2013.

Investigação

O homem que matou Luiz Fernando foi morto durante confronto com a polícia na manhã de sábado (12). Logo após o óbito do policial militar, foi motada uma força-tarefa para localizar o suspeito, que havia fugido em direção à mata, segundo a corporação.

Com o homem, foi encontrado um fuzil AK 47, com três carregadores e munições. Além disso, ele portava também uma pistola.

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Segundo o delegado responsável pelo caso, Ênio Matos, a investigação já está em andamento. De acordo com ele, não há indícios de que a ocorrência tenha sido uma emboscada.

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Comoção nas redes sociais

A morte do policial gerou comoção nas redes sociais. Em homenagem ao soldado, policiais catarinenses circularam pelas ruas do Norte da Ilha enfileirados e com as sirenes acionadas. 

“Lamento profundamente a perda deste herói”, comentou Christian Oliveira em uma publicação da PM no Instagram. 

“Norte da Ilha em luto, tão novo e cheio de sonhos… Não dá para acreditar. Foi meu colega de classe na escola. Que Deus conforte os corações dos familiares”, escreveu Amanda Santos, colega da vítima. 

“Não será esquecido”, comentou Luiz Geraldo. 

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