Deve chegar nesta sexta-feira a Imbituba o subtenente da Polícia Militar (PM) Ênio Sebastião de Farias, 50 anos, preso por suspeita de ter matado a namorada. Ele foi detido em Santana do Livramento (RS), cidade que faz fronteira com o Uruguai, na noite de quarta-feira. O policial foi encontrado depois que uma pessoa hospedada na mesma pousada reconheceu a imagem divulgada pela imprensa e avisou a delegacia da cidade gaúcha.

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O caso se arrasta desde a semana passada, quando o subtenente e a professora Hannelore Sievert, 40 anos, desapareceram. O carro dele foi localizado em uma praia de Imbituba. Estava atolado, avariado e com manchas de sangue no interior.

Na quarta-feira, um corpo carbonizado, sem os braços e parte das pernas, foi encontrado enterrado próximo ao veículo. No mesmo dia, imagens das câmeras de uma agência bancária de Tapes (RS) mostraram o PM sacando R$ 1 mil.

Ainda na quarta, a Justiça decretou a prisão temporária por cinco dias e o policial militar se tornou foragido. Era quase meia-noite daquele dia e o delegado de Imbituba, Raphael Johann Giordani, mandava e-mails para policiais da região e de outros estados quando o telefone tocou. O colega de Santana do Livramento anunciava que o subtenente fora localizado.

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A Polícia Civil catarinense enviou o mandado de prisão por fax e o foragido foi capturado no começo da madrugada de quinta-feira. Ele foi encaminhado para um quartel da Polícia Militar gaúcha. Pela manhã, Giordani e uma equipe da Delegacia de Imbituba foram de carro até a fronteira com o Uruguai para buscar o suspeito.

Eles dormiriam em Santana do Livramento e começariam a viagem de volta hoje bem cedo, para chegar no final da tarde a Imbituba, onde o policial será ouvido. O delegado também trabalha para saber o meio utilizado pelo policial militar para chegar até a fronteira com Uruguai. Como o carro foi abandonado, a principal suspeita é de que ele tenha usado linhas de ônibus.

Além do subtenente, outras pessoas vão prestar depoimento. Mas para não prejudicar as investigações, a Polícia Civil preferiu não divulgar os nomes nem o que será perguntado. O delegado falou que o suspeito tem histórico de violência doméstica com a ex-mulher e que o relacionamento atual era de amor e ódio.

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Ele acredita que num acesso de fúria o homicídio foi cometido. Os pais de Hannelore recolheram sangue para exame de DNA que vai descobrir se o corpo carbonizado é mesmo da professora.