Um policial militar com 17 anos de carreira foi preso em flagrante em Itajaí. A prisão ocorreu por porte de munições que teriam sido subtraídas da Força Nacional de Segurança e da PM, segundo a Divisão de Investigações Criminais (DIC), mas o soldado é suspeito de furtar o celular de uma pessoa morta além de alterar uma possível cena de crime.

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O soldado Fabiano José Alves, 39 anos, foi preso em casa no bairro São João na quinta-feira. A DIC já o investigava pelo furto do celular e cumpriu mandado de busca e apreensão na casa do suspeito. Lá, foram encontradas 27 munições de fuzil e munições de revólver calibre 38 e pistola .40.

Como as munições não poderiam estar na casa do policial, especialmente as de fuzil, segundo o delegado Osnei Oliveira, ele acabou preso em flagrante. Na residência a polícia também encontrou um celular Samsung que pertencia a um empresário de Itajaí, que teria cometido suicídio em maio deste ano.

O caso foi descoberto com base na investigação sobre a morte do empresário Edson Luiz da Silva, 47 anos, da construtora Bravacon. Apesar de a polícia acreditar que o homem cometeu suicídio, alguns indícios na cena, como o desaparecimento do celular, levaram a família a crer que o empresário havia sido assassinado.

Assim, a Polícia Civil começou a investigar o caso e chegou até o soldado. Por meio de rastreamento foi possível verificar que o celular estava com ele. Conforme o delegado, ele havia dado o aparelho de presente para a esposa.

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– Ela também será indiciada por receptação, contou que o marido disse que achou o celular às margens da BR-101 e a presenteou – conta.

Após a prisão, o soldado se manteve no direito de permanecer calado e foi encaminhado ao 1º Batalhão da PM. Ele está preso e ficará à disposição da Justiça. NO inquérito policial, ele será indiciado duas vezes por peculato, pelo furto do celular e das munições, e por fraude processual, por adulterar a cena do crime.

– Além do furto do celular a arma foi mexida. Isso atrasou e muito a investigação. O inquérito poderia ter sido encerrado em 10 dias concluindo que o empresário se suicidou – detalha.

O chefe de de comunicação da Polícia Militar em Itajaí, tenente Luis Antônio Trevisan, o Batalhão está esperando a conclusão do inquérito policial para tomar providências. A corregedoria foi comunicada para procedimentos administrativos e como o crime é inafiançável, o soldado só pode ser liberado pela Justiça.

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