Um policial civil da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic), em Florianópolis, e um advogado foram presos em uma operação policial deflagrada para apurar os crimes de extorsão, associação criminosa e concussão nas cidades de Balneário Camboriú, no litoral Norte, e Rio do Sul, no Alto Vale do Itajaí. Um empresário que também faria parte do esquema está foragido.
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As prisões foram confirmadas no começo da noite desta terça-feira em uma nota divulgada pela assessoria de comunicação do governo do Estado e assinada pelo delegado-geral da Polícia Civil, Artur Nitz.
Os presos tiveram prisão preventiva decretada pela Justiça e não tiveram os nomes divulgados. Segundo o comunicado oficial, após uma recente operação deflagrada pela Deic, houve indiciamento do policial civil da própria Deic, do advogado e do empresário pelos crimes de violação de sigilo funcional, associação criminosa e concussão. O agente da Polícia Civil está preso na Deic, no Estreito.
Policial é afastado das funções
Além da nota, o governo divulgou uma portaria com data de 2 de agosto em que o delegado-geral afasta o policial civil das suas funções. A portaria informa que a prisão do agente de polícia C.C.C., classe 4, aconteceu no dia 26 de julho.
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Confira a nota oficial:
“A Polícia Civil do Estado de Santa Catarina (PCSC) informa que uma recente operação deflagrada pela Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic), nas Comarcas de Balneário Camboriú e de Rio do Sul, resultou no indiciamento de um policial civil, de um advogado e de um empresário pelos crimes de violação de sigilo funcional, associação criminosa e concussão. Para tanto esclarecemos que:
1 – Estava em tramitação na Deic dois inquéritos policiais para apurar os crimes de extorsão, concussão e associação criminosa ocorridos nas comarcas de Balneário Camboriú e Rio do Sul;
2 – Por parte da Deic, num primeiro momento, houve a formulação de representações ao Juiz de Direito da Comarca de Balneário Camboriú para expedição de mandado de prisão preventiva e de mandados de busca e apreensão;
3 – Com o resultado da prisão e das buscas, além da conclusão do inquérito policial, procederam-se novas representações relacionadas a outras prisões preventivas, dentre as quais: a de um policial civil lotado e em exercício na própria Deic;
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4 – O Poder Judiciário, com manifestação favorável do Ministério Público (MPSC), atendeu ao pedido da Deic, viabilizando, assim, a conclusão da primeira parte das investigações relacionadas à Comarca de Balneário Camboriú;
5 – A investigação relacionada à Comarca de Rio do Sul ainda encontra-se em tramitação, razão pela qual não se pode dar mais detalhes sobre o andamento do caso, que já conta com diversas diligências, cumprimento de buscas e outras prisões;
6 – Até o momento, estão presos um policial civil, que se encontra detido nas dependências da Deic, em Florianópolis, e um advogado que está recolhido na unidade prisional de Itajaí. As investigações também indicam o envolvimento de um empresário, que se encontra foragido;
7 – O policial civil preso e envolvido nos fatos responderá, além de criminalmente, processo administrativo na Corregedoria Geral da Polícia Civil (CORPC)
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8 – Por fim, a Polícia Civil de Santa Catarina reforça à sociedade catarinense que qualquer desvio de conduta dos seus integrantes será sempre rigorosamente apurado e o caso devidamente levado ao conhecimento do Poder Judiciário para a completa responsabilização criminal dos envolvidos.
Delegado-Geral da Polícia Civil
Artur Nitz