Durante 16 horas, o policial civil Gilmar Lopes, 53 anos, baleado na quarta-feira no Norte da Ilha, em Florianópolis, ficou na mesma maca que chegou no corredor do Hospital Celso Ramos.

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O atendimento mais aprofundado ocorreu apenas na manhã desta quinta-feira, depois da mobilização dos colegas policais com a cúpula da secretaria de Segurança Pública (SSP). O secretário de estado da Saúde teria sido acionado. Com o contato, os novos procedimentos médicos então foram agilizados.

Um dos policiais relatou à reportagem que o policial permaneceu o tempo todosujo de sangue e com os projéteis no corpo. Na manhã desta quinta-feira, familiares estavam na porta de entrada do hospital. No telefone, questionavam alguém sobre o horário de visita no local. Dois policiais civis estavam no hospital e acompanhavam a saúde do policial.

Um deles afirmou que chegou no hospital e o policial estava na mesma situação que chegou na noite de ontem. Por ser um homem de grande porte, com mais de 100 quilos, o policial ficou apreensivo por ele ainda permanecer no corredor numa maca estreita que mal cabia nele.

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Funcionários do hospital afirmaram para os policais que Gilmar estava no corredor por ser um procedimento padrão da instituição e se tratava de um caso emergencial. Ele fez a tomografia apenas na manhã desta quinta-feira para saber se os projéteis ser retirados.

Depois da tomografia seria encaminhado para um quarto do hospital. Os familiares da vítima foram informados que a situação estaria assim por causa da greve dos funcionários da Saúde e que atingiria todos os demais pacientes que dão entrada.