Dois policiais penais estão sendo investigados pela Secretaria de Estado da Administração Prisional e Socioeducativa (SAP) por suspeita de beneficiar um detento da Penitenciária de Florianópolis. Segundo a pasta, em uma das situações, o preso teria sido levado por um dos agentes até a casa dele na Praia de Canasvieiras enquanto estava de atestado médico.
Continua depois da publicidade
Receba notícias de Santa Catarina pelo WhatsApp
Ambas as situações ocorreram em janeiro de 2019 e foram constadas após uma sindicância aberta pela pasta. Um dos policiais penais — atualmente lotado no Presídio Regional de Tijucas — supostamente teria ido até a Central de Audiência de Custódia de Florianópolis e interferido nos procedimentos de segurança do detento. No dia, segundo a secretaria, ele estava de atestado médico.
Armas impressas em 3D eram fabricadas e vendidas para criminosos em SC
O homem ainda teria participado, de forma irregular, da transferência do interno até a Penitenciária da Capital, e entrado no local sem autorização. Depois, retirou o preso das dependências da unidade prisional e, usando um veículo oficial, levou o homem até a casa dele, na Praia de Canasvieiras, no Norte da Ilha, “proporcionando tratamento diferenciado e privilegiado, demonstrando ato de manifesta improbidade”, conforme a SAP.
Continua depois da publicidade
Já o segundo envolvido — lotado na Penitenciária de Florianópolis —, segundo a secretaria, supostamente teria feito a escolta do preso sem os procedimentos necessários de segurança. Além disso, ele é apontado por ajudar o colega a retirar o interno da unidade prisional “que estava sob sua responsabilidade” ao transferi-lo para outra sala da penitenciária.
Na segunda-feira (29), a SAP publicou no Diário Oficial da União a portaria que criou uma Comissão Disciplinar para apurar a conduta dos policiais, formada por três membros. Agora, o grupo terá 60 dias para analisar o caso e definir se eles serão punidos.
Caso sejam denunciados, os policiais podem ser suspensos até demitidos de forma qualificada por “comprometer a dignidade e o decoro da função pública, ferir a disciplina e a hierarquia, prejudicar a eficiência dos serviços públicos ou causar prejuízo de qualquer natureza à Administração”, conforme a lei estadual nº 6.745 de dezembro de 1985.
De acordo com a Secretaria de Estado da Administração Prisional e Socioeducativa foi criada uma Comissão de Processo Administrativo Disciplinar para apurar todos os fatos acerca do caso, o qual corre em segredo até a completa conclusão do mesmo, sendo as informações publicadas no Diário Oficial as disponíveis no momento.
Continua depois da publicidade
Leia também:
Jeff Machado enviou áudio para suspeito do crime agradecendo por ajuda: “Nunca vou esquecer”
Jovem achada enterrada no Meio-Oeste de SC pode ter sido morta por estar grávida