Cerca de 30 policiais federais de Joinville _ entre agentes, escrivães e papiloscopistas _ aderiram ao movimento nacional intitulado “algemaço”. O ato em protesto contra a defasagem salarial está sendo realizado em frente à sede da Polícia Federal, no bairro Boa Vista, na manhã desta sexta-feira.

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Os agentes literalmente penduraram as algemas e paralisaram os serviços de investigação e restringiram o atendimento ao público em 30% do efetivo, conforme manda a lei, nesta sexta.

Além da paralisação de hoje, que deu largada ao estado de greve, os federais pretendem fazer mais três paralisações nos dias 11, 25 e 26 de fevereiro. Depois disso, a classe vai definir em assembleia se entra definitivamente em greve ou não.

Durante os dias de paralisação, o atendimento para emissão de passaporte está sendo feito por um único policial, por isso, a espera deve ser maior. As prisões em flagrante também devem ser mantidas.

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De acordo com o agente e representante sindical, José Ronaldo Brites, a categoria está há sete anos sem receber reposição inflacionária acumulando perdas de mais de 40%. Os federais acreditam que a falta de negociação por parte do Governo Federal seja em função de operações contra a corrupção. O salário bruto inicial de um agente de polícia federal é de R$ 7 mil.

– É a única carreira que está sendo boicotada. Creditamos isso às últimas operações contra a corrupção que a Polícia Federal tem feito, como o mensalão, por exemplo – destacou.

José Ronaldo frisou ainda a fragilidade na segurança a que o País está sujeito durante a Copa do Mundo.

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– Não sentimos vontade de sermos voluntários durante a Copa do Mundo. Será um verdadeiro caos. O trabalho de migração tem que ser muito bem feito para garantir a segurança do País e das delegações – avaliou.