Policiais em greve cercaram nesta sexta-feira a sede do governo na província de Catamarca, no nordeste da Argentina, em meio aos protestos por aumento de salários que atingem ainda as províncias de Neuquén e Rio Negro, no sul do país.

Continua depois da publicidade

“Os grevistas cercaram e sitiaram a Casa de Governo de Catamarca (1,1 mil quilômetros a noroeste de Buenos Aires), onde a governadora (Lucía Corpacci) negocia com os representantes da força policial a questão dos salários”, informou o canal de notícias TN.

Segundo a jornalista Yemina Castellino, os agentes em greve “estão armados” e a polícia militar” entrou na Casa de Governo para proteger as autoridades, entre elas a governadora, uma aliada da presidente Cristina Kirchner”.

Os policiais grevistas exigem um salário de 13 mil pesos (US$ 2 mil), enquanto as autoridades oferecem 7,9 mil pesos (US$ 1.210), proposta que é rejeitada.

Para ter acesso à sede do governo, os policiais militares utilizaram bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha, informou Castellino.

Continua depois da publicidade

Em Neuquén (1,1 mil quilômetros ao sul de Buenos Aires), centenas de policiais, incluindo aposentados, estão reunidos em torno da sede da polícia para exigir o reajuste salarial.

_ Trata-se de uma exigência legítima e estamos trabalhando para chegar a uma solução. Vamos resolver isto com consenso – disse Gabriel Gastaminza, ministro de Coordenação do Gabinete, Segurança e Trabalho de Neuquén.

Na província de Rio Negro, policiais e familiares saíram às ruas, enquanto seus líderes negociam com os representantes do governo.

Na quarta-feira, a província de Córdoba foi sacudida por uma onda de saques que deixou dois mortos, centenas de feridos e 52 detidos, exatamente quando três mil de policiais estavam paralisados para exigir melhores salários.

Continua depois da publicidade

Segundo o governador de Córdoba, José Manuel de la Sota, “grupos de criminosos organizados aproveitaram a ausência policial” para provocar os saques, que atingiram supermercados e outros estabelecimentos comerciais.

Na semana passada, 50 pessoas foram detidas em duas tentativas de saques em Rosário, 312 km ao norte da capital argentina. A polícia da província de Buenos Aires e outras forças de segurança nacionais foram colocadas em estado de alerta pelas autoridades.

>> Veja imagens no site do jornal Clarín