Policiais de Florianópolis ajudam na busca por menino de oito anos sumido em Balneário Piçarras

O desaparecimento de um menino de oito anos intriga a polícia e revolta a comunidade de Balneário Piçarras, no Litoral Norte.

Kaik Leonardo Bitinelli Fagundes sumiu na última sexta-feira após sair de casa para ir ao colégio, que fica no bairro Itacolomi.

O caso se tornou prioridade, e o delegado Wanderley Redondo, da Delegacia Especializada em Pessoas Desaparecidas de Florianópolis, enviou duas policias civis para auxiliar na investigação. As policiais já atuam na cidade nesta quarta-feira e a expectativa é encontrar a criança com vida.

Responsável pelas investigações sobre o desaparecimento, o delegado Wilson Masson não revela qual a principal suspeita para o sumiço. Segundo ele, a polícia trabalha com todas as hipóteses possíveis para tentar desvendar o caso.

– Há muito diz-que-diz. Primeiro achavam que a mãe tinha pego o garoto, mas ela negou. Muitos afirmam que ele foi pra escola de ônibus, porém teve falta nas duas primeiras aulas e o professor de educação física diz que não viu o estudante e deu presença para todos. Estamos tentando encontrar pessoas que possam passar informações concretas.

Conforme Masson, na última segunda-feira foram ouvidos a serventuária e o vigilante da escola, que garantiram ter visto a criança na aula da última sexta-feira. Porém, também existem relatos de que o garoto faltou às aulas já na quinta-feira.

Motivo de desconfiança

Responsável legal da criança, Licia Barcelos cuida de Kaik desde que ele tinha nove meses. No dia do desaparecimento, conta que sua sobrinha levou o menino até o ponto de ônibus e o viu embarcando. Era por volta das 17h30min quando os alunos chegaram do colégio e Kaik não apareceu. Assustada, Licia pediu para o pai biológico do menino, Valdemar Fagundes, ir procurá-lo na escola.

Há cerca de 30 dias Licia conseguiu na Justiça a guarda definitiva do menino. Ela é tia do pai biológico da criança, que mora na mesma casa. Em função da disputa, a família acreditava que a mãe biológica, Eliane Aparecida Bitinelli, pudesse ter levado Kaik.

Após prestar depoimento na delegacia, Eliane conversou com a reportagem. Chorando, disse que não tinha condições de cuidar dos filhos – além de Kaik, ela tem outras duas crianças -, mas que estava satisfeita com criação dada por Licia.

Testemunhas dizem ter visto o garoto conversando com uma mulher morena em uma motocicleta Honda Biz. Outros relatam que uma pessoa em um veículo preto teria chamado Kaik alegando que iria levá-lo ao dentista a pedido de Licia.

Foto: Marcos Porto / Agência RBS | Licia Barcelos é a responsável legal por Kaik