Agentes, escrivães e psicólogos policiais civis de Santa Catarina aprovaram nesta quarta-feira indicativo de greve e podem parar daqui a 15 dias, no próximo dia 25.

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A votação ocorreu em assembleias realizadas nesta quarta-feira em sete cidades catarinenses: Florianópolis, Criciúma, Chapecó, Joaçaba, Joinville, Blumenau e Lages.

De acordo com o Sindicato dos Policiais Civis de Santa Catarina (Sinpol/SC), quase 100% dos filiados aderiram, o que equivale a 1.300 policiais.

A categoria não aceitou a última proposta do governo para o piso inicial, de R$ 3.239.31 com hora extra, adicional noturno e auxílio alimentação, e pagamento no início de 2016. A informação é do Sinpol/SC.

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O piso inicial hoje é de cerca de R$ 2.850 com hora extra, adicional noturno e auxílio alimentação, conforme o sindicato.

O presidente do Sinpol/SC, Anderson Vieira Amorim disse que no final da assembleia em Florianópolis, o governo ofereceu cerca de R$ 6.600 como salário inicial. A proposta foi negada.

– Os policiais querem ser reconhecidos como técnicos jurídicos. Temos esse cargo, mas não somos pagos como tal – observou Amorim.

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A proposta da categoria é de R$ 10 mil para o piso inicial.

Amorim disse que, caso o governo não acene com outra proposta melhor, a categoria entra em greve. Neste caso, 30% do efetivo estadual atenderá casos de emergência. O restante faz operação padrão e depois para completamente.

Se ocorrer, a operação padrão consistirá em intensificar os trabalhos de blitze, vistorias em empresas e bares, além do cumprimento de mandados de prisão em aberto. Esta situação pode gerar o caos, já que não há vagas no sistema prisional.

– Se entrarmos em greve, vamos intensificar o trabalho com o propósito de chamar atenção – disse o presidente do Sinpol/SC.

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Segundo Amorim, qualquer proposta que for negociada com o governo terá que ser até dezembro de 2014 porque os policiais não aceitarão tratar com a próxima gestão.

A categoria participa nesta quinta-feira da greve geral nacional. O encontro em Florianópolis é às 13h, em frente a Assembleia Legislativa.

A Polícia Civil trabalha hoje com 53% do efetivo ideal, pouco mais de 3 mil policiais, de acordo com dados do Sinpol/SC.

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