Policiais da 1a DP de São José fizeram buscas pelo suspeito de atear fogo no ônibus da empresa Santa Terezinha, na manhã desta segunda-feira.

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Armados com fuzil, os agentes não encontraram o suspeito em casa, no Bairro Fazenda do Max, em São José.

O possível executor do ataque é parente de um preso de São Pedro de Alcântara e é suspeito de homicídio e tráfico de drogas.

Após pararem o coletivo, os criminosos fizeram os cerca de 15 passageiros descer, atearam fogo no interior do veículo com quatro litros de gasolina, esperaram as chamas consumí-lo e entregaram ao motorista os dois DVDs com quatro gravações que teriam inserções de vídeo.

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A polícia tirou diversas cópias do material e o original seguiria ainda nesta segunda para a perícia.

Depois de tentar conversar com o suspeito no Bairro Fazenda do Max, uma equipe foi atrás de outras informações sobre o novo ataque nas comunidades Frei Damião, em Palhoça, e Forquilhão, em São José.

O delegado-geral da Polícia Civil, Aldo Pinheiro D´Ávila preferiu agir com cautela e não assumiu ainda a autoria do ataque. Falou que se for confirmado o PGC como autor, será uma prova a mais de um crime por eles cometido.

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D´Ávila disse que prefere não ser precipitado e esperar o andamento das investigações coordenadas pelo delegado Rodolfo Serafim Cabral, da 1a DP de São José em conjunto com a Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic), que investiga o crime organizado em SC. A Agência Central de Inteligência da Polícia Militar também está levantando informação.

A estratégia de deixar um disco com dados no local do crime já foi usada pela facção na última série de ataques. Naquele episódio, policiais militares encontraram um CD com reclamações sobre o sistema prisional junto a um ônibus queimado em Florianópolis, no Bairro João Paulo, em 31 de janeiro.

Empresa perde quinto veículo por ato terrorista

Desde a primeira onda de atentados em Santa Catarina, em novembro de 2012, a empresa Santa Terezinha já teve cinco ônibus incendiados. O desta segunda-feira, foi o quinto ônibus.

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Segundo o diretor da empresa, Carlos Alberto Vieira, esse é o terceiro com perda total – os outros dois não tiveram grandes avarias e foram consertados. O veículo ano 2009, com sistema de acessibilidade, não tinha seguro.

– Não temos ainda um valor do prejuízo, mas um veículo novo custa em média R$ 350 mil – disse Vieira.