As três jovens que espancaram uma adolescente de 17 anos em São José, na Grande Florianópolis, e o garoto que filmou as agressões, vão ser responsabilizados pela Polícia Civil.
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A delegada regional de São José, Sandra Mara Pereira, disse na sexta-feira que os investigadores da Delegacia de Delegacia de Proteção da Criança, Adolescente, Mulher e Idoso apuraram que os envolvidos residem em duas comunidades de Florianópolis: Morro da Caixa e Chico Mendes, no Continente.
A partir de segunda-feira, a polícia vai intimá-los e começar a tomar os depoimentos. Num vídeo divulgado na internet, a adolescente aparece sendo espancada com socos, chutes e atingida com uma pedra por uma das agressoras.
Ela também teve o cabelo puxado e sai correndo nua após ter a roupa rasgada. No fim do vídeo, uma das envolvidas diz ter “rachado” a cabeça da moça.
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O fato aconteceu há cerca de duas semanas em uma rua no Bairro Flor de Nápolis, em São José. Mas apenas na quinta-feira a família dela registrou boletim de ocorrência, na Central de Polícia.
A jovem sofreu oito pontos na cabeça. Segundo a delegada, a vítima foi atraída ao local pelas agressoras. O motivo seria uma vingança a vítima que teria se aproximado do namorado de uma delas.
– Estamos na fase de identificação dos envolvidos. Há suspeita que uma das agressoras seja adulta, e se for vamos pedir a prisão dela por tentativa de homicídio. Nada justifica esse tipo de agressão – diz a delegada.
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O autor da filmagem, que teria menos de 18 anos, também poderá ser responsabilizado por omissão de socorro, conforme a delegada.
Em entrevista ao repórter Raphael Faraco, da RBS TV, a mãe da vítima contou que a garota é usuária de drogas, está ameaçada de morte e que não consegue vaga para interná-la.
O caso é acompanhado pelo Ministério Público de São José, que também aguarda o resultado da investigação policial para aplicar medidas socioeducativas aos adolescentes agressores.
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O promotor que atua na promotoria da Infância e Juventude de São José, Gilberto Polli, afirma que a adolescente se encontra em situação de vulnerabilidade social e que encontra dificuldade para inseri-la em programas de atendimento do município.
A prefeitura informou que a adolescente esteve internada em comunidade terapêutica, mas que saiu da unidade.