Policiais da 1ª Delegacia de Polícia de Florianópolis, com apoio da Central de Operações Policiais (COP) e da Delegacia de Repressão a Roubos da Capital (DRR), subiram o Morro do Mocotó, região central da cidade, na manhã desta quinta-feira, em busca de um corpo que estaria enterrado no local. Nada foi encontrado.
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A polícia suspeita que a universitária Fernanda Francisco Perdona, 31 anos, de Içara, Sul de Santa Catarina, desaparecida desde o dia 25 de maio deste ano, foi morta e enterrada no Mocotó. Segundo policiais da 1ª DP, Fernanda subiu o morro há menos de um mês procurando o irmão, viciado em cocaína.
– Ela subiu o Mocotó e sumiu. Está desaparecida. Não sabemos se o cadáver é dela. É uma suspeita – disse um dos agentes.
As viaturas e o carro da reportagem – que acompanhou a operação – chegaram até um certo ponto do morro. Dali, as buscas foram feitas a pé pelas ruelas e escadarias íngremes cercadas por lixo e esgoto. Moradores espiavam pela janela, cães tomavam sol na rua, galinhas ciscavam pelo mato e roupas penduradas nos varais coloriam a paisagem verde recortada por casinhas azuis, brancas, amarelas, vermelhas, cinzas, laranjas.
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À medida que a equipe subia, jovens tatuados usando grossas correntes, bonés e óculos escuros espiavam a movimentação, encostados em muros. O chefe da investigação da 1ª DP, Edson Freitas de Melo, ficou o tempo todo falando ao celular, seguindo as orientações de como chegar ao terreno baldio onde o corpo estaria enterrado.
Eram mais de 11h quando finalmente as equipes chegaram em uma das partes mais altas do Mocotó, a localidade conhecida como Cabeça do Santo. Ali, a cidade se revela entre as árvores. Uma vista cinematográfica das baías Sul e Norte, das pontes e dos barcos no Clube Veleiros da Ilha. Até o Morro do Cambirela, em Palhoça, dá para ver lá de cima.
A ordem para procurar a universitária desaparecida veio da Secretaria de Segurança Pública (SSP). Titular da Delegacia de Homicídios, o delegado Ênio de Oliveira Matos contou que fez buscas no Mocotó e não encontrou nenhuma pista de que o corpo de Fernanda estivesse lá.
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A foto e as características de Fernanda estão na página do Disque-Denúncia na internet, como desaparecida.