A polícia libertou na madrugada desta quarta-feira parte do grupo de 30 deputados, três ministros e vários jornalistas que está bloqueado há mais de oito horas no Parlamento búlgaro, cercado por manifestantes que protestam contra o governo e a “oligarquia que dirige o país”.

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Ao menos 2 mil manifestantes, segundo o jornalista da AFP no local, rodeavam o Parlamento na noite desta terça-feira, onde três comissões se reuniram durante a tarde para atualizar o orçamento.

Por volta das 03H30 desta quarta-feira (01H30 Brasília), a polícia rompeu a barricada montada pelos manifestantes e avançou com vários veículos em direção do prédio do Parlamento.

Em seguida, ministros e deputados do Partido Socialista (PSB) e da minoria turca MDL saíram do prédio, mas outros políticos, funcionários e jornalistas permanecem no local.

Ao menos nove pessoas, incluindo dois policiais, ficaram feridos na tentativa de furar o bloqueio. O ministro do Interior, Tsvetlin Yovtchev, afirmou que a polícia não empregou a força, mas que os manifestantes lançaram pedras e outros objetos.

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Entre os dirigentes que permanecem bloqueados no prédio estão os ministros da Economia, Dragomir Stoinev; Finanças, Petar Tchobanov, e Trabalho, Hasan Ademov, segundo a polícia.

As forças de segurança haviam realizado uma primeira tentativa de retirar o grupo, com o envio de um ônibus, mas o veículo foi atacado pelos manifestantes e teve seus vidros quebrados.

Aos gritos de “demissão” e “máfia”, os manifestantes levantaram barricadas nas ruas próximas ao Parlamento para impedir uma nova tentativa de evacuação.

O presidente da Bulgária, Rossen Plevneliev, fez um apelo aos manifestantes “para que se abstenham de qualquer ação que conduza a uma escalada da tensão e à violação da ordem pública”.

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O socialista Mikhail Mikov, presidente do Parlamento, anulou a sessão desta quarta-feira afirmando que “não é normal que a vida e a integridade física dos deputados seja colocada em risco”.

Milhares de manifestantes protestam diariamente em Sofia contra a corrupção e para exigir novas eleições.