A Polícia Militar de Santa Catarina reconhece a hipótese de que uma facção criminosa esteja por trás dos ataques que assolam o Estado nos últimos dias. A instituição acredita, porém, que os atentados sejam ações isoladas de criminosos que acabam sendo estimulados por um interesse comum: intimidar o Estado.
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De acordo com a Coronel Claudete Lehnkuhl, chefe do Centro de Comunicação Social da Polícia Militar, os serviços de inteligência trabalham para identificar de onde estão partindo as ordens, para dizer se há ligação entre os atentados.
Enquanto a inteligência procura mandantes, os mandados estão atuando e colocando em prática as ordens de incendiar ônibus e atacar membros dos serviços de segurança pública. Desde segunda-feira, cinco ônibus foram incendiados e outros dois atacados; uma viatura foi queimado por dentro e um veículo particular atingindo por chamas; e pelo menos 19 tiros atingiram alvos da segurança pública.
Para enfrentar os atentados nas ruas, a Coronel explica que não há aumento no efetivo. Atualmente, Santa Catarina conta com 11 mil policiais militares.
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– O que houve foi uma intensificação desse policiamento. Todo o efetivo está em prontidão, inclusive nos momentos de folga, que foram reduzidas. Para isso, foi liberado o pagamento de mais hora extra.
De acordo com a Coronel, essa prontidão está vigorando em todo o Estado. Na segunda-feira, primeiro dia dos ataques, dois municípios foram atingidos e, na sequência, cinco cidades foram alvo dos ataques, a polícia não descarta a possibilidade de essas ações se espalharem por outras regiões.
Ataques no Norte da Ilha
Mais do que uma represália à forma como os presos estão sendo tratados nas unidades prisionais, a PM acredita também que os ataques podem ter a ver com ações da polícia na Comunidade do Siri, no Norte da Ilha. As operações têm sido intensificada na área, considerada uma das mais problemáticas segundo a PM.
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– Isso explica porque os ataques, apesar de generalizados, atingiram mais a região do Norte da Ilha – concluiu a Coronel, referindo-se aos ataque a ônibus urbanos.
Sobre os ataques, a Coronel também explicou que a PM está tentando fazer a escolta dos veículos com o intuito de evitar novos ataques, mas com o efetivo que tem, não é possível seguir todos os veículos. A empresa que teve três veículo comprometidos explicou que, durante a terça-feira, três viaturas fizeram a segurança da frota que tem mais de mil saídas durante o dia.
>> Confira o que o DC noticiou sobre os atentados
>> Veja a galeria com imagens dos ataques
A segunda noite de ataques:
Dois ônibus foram parcialmente incendiados na noite desta terça-feira em Navegantes. O primeiro incêndio ocorreu em um ônibus da empresa Transpenha, que faz o transporte de funcionários de empresas, e estava estacionado na Rua Orlando Ferreira, no Bairro Machados.
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No Sul do Estado, dois rapazes que estavam em uma moto fizeram dois disparos com arma de fogo na noite desta terça-feira em frente ao Presídio Santa Augusta em Criciúma, no Sul do Estado. O fato ocorreu por volta das 21h, mas os tiros não acertaram ninguém.



