Em operação conujunta realizada nesta manhã, a polícia do Rio de Janeiro prendeu duas pessoas, apreendeu dois menores e matou um suspeito. A ação contou com cerca de 350 policias e, além de armas, drogas, munições, radiotransmissores, e uma granada, apreendeu uma metralhadora antiaérea .30, considerada arma de guerra.

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O equipamento de guerra foi encontrado durante operação policial destinada a localizar suspeitos de participação na chacina de seis jovens na favela Chatuba, Baixada Fluminense, no último fim de semana.

No Morro do Cajueiro, na zona norte da cidade, houve troca de tiros. Um homem foi baleado e levado ao Hospital Carlos Chagas, mas não resistiu aos ferimentos. O suspeito não teve a identidade revelada.

Também nesta sexta-feira o secretário estadual de Segurança, José Mariano Beltrame, esteve na região da Chatuba, em Mesquita, para avaliar a implantação de uma companhia destacada da PM no local. Ele descartou a possibilidade de criação de uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP).

– A região tem um legado de abandono onde as facções se sentem senhores das áreas. A questão territorial imperou para que a facção fizesse esse ato cruel contra os jovens. Não vamos desistir de um projeto de segurança que está salvando vidas – afirmou Beltrame.

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Manifestação governamental

A Secretaria Nacional de Juventude, da Secretaria-Geral da Presidência da República (SNJ/SG-PR), divulgou nota, nesta sexta, lamentano a chacina ocorrida no último sábado. A secretaria afirma que esta “é mais uma evidência do processo de violência pelo qual passam os jovens brasileiros”.

Segundo a nota, dados do Ministério da Saúde mostram que “mais da metade dos homicídios no Brasil (53%) atingem pessoas jovens e, deste grupo, mais de 75% são jovens negros, em sua grande maioria homens (91%), com alta incidência de vítimas entre 20 a 25 anos”. A nota divulga, ainda, a promessa do lançamento de políticas públicas de enfrentamento à violêcia contra os jovens.

Despedida

Na tarde desta sexta-feira o corpo de José Aldecir da Silva Junior seria enterrado no cemitério de Olinda, em Nilópolis. Ele foi encontrado na quinta-feira após duas horas de buscas em Gericinó, área militar, enterrado junto com outro corpo em avançado estágio de decomposição. Além deles, outras oito pessoas morreram em Mesquita no último fim de semana, seis jovens, um pastor e um cadete da PM.

Eles teriam sido mortos por traficantes que atuam na região após terem sido confundidos com integrantes de facções rivais ou por terem invadido o território utilizado pelos criminosos. A polícia já prendeu dois menores suspeitos de envolvimento nos crimes. Eles seriam gerentes do tráfico no local. De acordo com as investigações, outras cinco pessoas estão foragidas.

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