O corpo de uma mulher, que teria desaparecido em meados de abril em Balneário Piçarras, está sendo procurado pela Polícia Civil. De acordo com a investigação Flávia Sousa França, 25 anos, teria sido assassinada e o corpo teria sido enterrado em um matagal às margens da BR-101.

Continua depois da publicidade

Na quarta-feira, durante buscas nas imediações da rodovia, a polícia localizou um chinelo que seria da vítima. As buscas continuam nesta quinta, mas de acordo com o delegado Wilson Masson tudo leva a crer que o corpo da caixa de supermercado esteja mesmo enterrado.

A investigação do desaparecimento da vítima começou quando a mãe da mulher, que mora no Paraná, veio até Piçarras. Ela contou que o genro havia deixado os filhos de Flávia com ela e ido embora. A mãe achou a situação estranha.

Natural do Paraná, Flávia morava em Piçarras com o marido, os filhos e duas sobrinhas de 15 e 17 anos. Foi a adolescente de 15 anos quem contou que a tia foi assassinada e admitiu ter participado do crime.

Continua depois da publicidade

Crime premeditado

De acordo com o que o delegado apurou até o momento ambas as adolescentes acabaram se relacionando com o marido de Flávia. Assim a garota de 15 anos e marido teriam planejado matar a caixa de supermercado.

Nesta semana a polícia cumpriu um mandado de apreensão contra a adolescente e ela acabou confessando participação no homicídio. Ao delegado, ela contou que pouco antes da Páscoa saiu com a tia e o marido de carro e no meio do caminho eles executaram o crime.

No banco de trás do carro, a adolescente disse que segurou a tia pelos cabelos enquanto o marido dela a golpeou com uma faca. Para tentar se livrar Flávia teria mordido o dedo da adolescente, que segundo o delegado ainda tem marcas. Nesta quinta-feira ela passou por exame de corpo de delito.

Continua depois da publicidade

O extintor de incêndio do carro também teria sido usado para matar Flávia, segundo relato da adolescente. Quando o assassinato foi consumado, o marido da vítima então a enterrou.

Durante as buscas pela adolescente no Paraná, a polícia localizou o carro que teria sido usado na ação. O veículo estava na casa da irmã do marido de Flávia e estava com manchas de sangue. Uma perícia foi solicitada para confirmar se o sangue é da desaparecida.

O delegado conta que há ainda outras evidências sobre o assassinato. O tablet que era de Flávia foi dado de presente para que a adolescente de 17 anos não contasse nada à polícia e o celular da vítima ficou com a garota de 15 anos. A filha mais velha do principal suspeito de ter cometido o assassinato também estaria sabendo do ocorrido e testemunhou.

Continua depois da publicidade

– Tudo leva a crer que a história é verídica. Inclusive tive informações de que é intenção dele (o suspeito) se apresentar, então estou aguardando – explica o delegado.