As polícias ainda procuram 13 das 27 pessoas que tiveram prisão decretada por causa do envolvimento com o tráfico de drogas no Morro do Mocotó, em Florianópolis.
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Elas são consideradas foragidas da Justiça, pois não foram localizadas na sexta-feira, quando uma megaoperação das polícias Civil e Militar foi deflagrada no local, área Central de Florianópolis.
O último dos 14 presos foi encontrado no sábado pela manhã. Ele é tido pela polícia como braço-direito de um patrões do morro. Foi surpreendido em um estacionamento da região onde trabalhava como vigia.
As ordens de prisões temporárias de 15 dias foram decretadas pela Vara do Crime Organizado, com atuação na Grande Florianópolis. Os mandados têm validade até o ano de 2034 e foram distribuídos para que sejam cumpridos por policiais civis ou militares.
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A polícia não divulgou, por enquanto, nomes ou outras informações dos procurados. Essa divulgação deverá acontecer depois que a polícia pedir à Justiça as prisões preventivas dos suspeitos, ou seja, para que eles fiquem presos até o julgamento.
– Acredito que aos poucos todos eles vão sendo presos – diz o delegado Antonio Seixas Joca, da Delegacia de Combate às Drogas e responsável pela investigação de 10 meses.
Os depoimentos após as prisões foram marcados pela lei do silêncio. A maioria deles não quis dar declarações sobre o envolvimento com o tráfico.
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O bando será indiciado pela polícia por tráfico de drogas, associação para o tráfico de drogas e corrupção de menores. Alguns dos integrantes também responderão por porte ilegal de arma. Dois adolescentes também deverão receber medidas socioeducativas.
Filhos de patrões entre os envolvidos
Entre os 27 suspeitos, há pelo menos dois que são filhos de antigos patrões do tráfico de drogas na Grande Florianópolis. Um deles é parente de um dos fundadores da facção criminosa Primeiro Grupo Catarinense (PGC).
Para a polícia, isso revela a tendência de o crime envolver gerações e gerar herança de pontos para o comércio de drogas. A Polícia Militar mantinha na segunda-feira a ocupação estratégica nas ruas de acesso ao morro.
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