A Polícia Civil prioriza a investigação para identificar e prender os autores do atentado em São José na segunda-feira, e também a origem de dois DVDs que foram entregues ao motorista do ônibus incendiado.

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A apuração é concentrada em uma força-tarefa liderada por policiais da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic). As equipes abrangem setores de inteligência da segurança pública.

Por enquanto, há pelo menos dois detalhes que intrigam os policiais: a linguagem até certo ponto considerada jurídica do conteúdo relatado no DVD e a leitura bem feita das denúncias pelo suposto preso que fala na gravação.

Pelo conteúdo, a suspeita dos policiais é que não se trata de preso comum ou que ele possa ter recebido algum tipo de orientação.

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Embora tenha havido em fevereiro a transferência de 40 líderes do Primeiro Grupo Catarinense (PGC) para penitenciárias federais, onde estão no Regime Disciplinar Diferenciado (RDD), a polícia trabalha com a possibilidade de haver novos chefes ou integrantes da facção criminosa agindo no Estado.

Moeda de troca

Para evitar nova onda de atentados, a polícia está empenhada em buscar informações para prender e responsabilizar o quanto antes os autores e mandante(s) do atentado em São José.

Para policiais experientes ouvidos pelo DC, a facção utiliza o ato criminoso de incendiar ônibus como espécie de moeda de troca para reivindicações e regalias que busca no sistema prisional catarinense, notadamente em São Pedro de Alcântara, o QG do bando.

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– Os setores de inteligência trocam informações diárias, envolvendo Polícia Civil, Polícia Militar, Secretaria da Justiça e Cidadania, Segurança Pública, Polícia Federal, Gaeco (Ministério Público), além das reuniões semanais que estamos fazendo. Mas não havia nenhum indicativo da ocorrência de novo ataque _ disse o secretário de Segurança Pública, César Grubba, em entrevista à CBN Diário.