Um homem suspeito de integrar a quadrilha que sequestrou os familiares de três gerentes da agência do Banco do Brasil do Bairro Coral, em Lages, no domingo à noite, foi preso na manhã desta terça-feira enquanto pedia ajuda em uma propriedade rural no interior do município de Correia Pinto. Pelas descrições repassadas por testemunhas e até mesmo por policiais que participam da caçada aos bandidos, acredita-se que o homem preso pode ser o que trocou tiros com a PM e fugiu pela mata na manhã de segunda-feira, em São José do Cerrito.

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Os policiais chegaram ao suspeito após uma denúncia feita por volta das 9h30min por moradores do Assentamento 25 de Março, localizado entre Correia Pinto e São José do Cerrito. A informação era a de que um homem aparentemente perdido estaria pedindo carona em algumas propriedades rurais.

Equipes da PM saíram de Correia Pinto e de São José do Cerrito em busca do suspeito. Nas proximidades do local informado pelo denunciante, os policiais de Correia Pinto, que estavam mais perto, utilizaram uma Kombi escolar para não chamar a atenção do homem. Quando chegaram à residência de um casal, abordaram o indivíduo.

Ele já estava de roupas limpas e havia até tomado café, mas não conseguiu a carona porque o proprietário da casa, que não sabia da existência de um criminoso pela região, não conseguiu ligar o carro.

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O suspeito identificou-se como Marcelo Alexandre Dantas Pires, de 43 anos, e disse morar em Curitiba. O fato de ele ser da capital paranaense aumentou a suspeita dos policiais, já que é grande a possibilidade de a quadrilha ser do Paraná. Além disso, o carro no qual estava o criminoso que trocou tiros com a PM tem placas de Fazenda Rio Grande, cidade da Grande Curitiba, onde foi roubado há poucos dias.

O suspeito contou aos policiais que é caminhoneiro e estaria levando uma carga de cigarros até Vacaria (RS), mas na passagem por Lages teria sido assaltado por volta das 22h de segunda-feira. Ele disse ainda que foi rendido e abandonado às margens da BR-282, em São José do Cerrito, de onde caminhou 31 quilômetros pelo interior em plena madrugada em busca de ajuda.

O homem foi levado até a Polícia Civil de Lages. O delegado Raphael Bellinati, responsável pelo caso, acredita que o nome correto do suspeito seja outro, mas a identificação de Marcelo já é utilizada por ele há alguns anos, inclusive em documentos pessoais.

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_ Estamos fazendo de tudo para obter a verdadeira identificação, mas se não conseguirmos, é com esse nome que ele responderá pelos crimes _, diz o delegado.