A Polícia Militar do Rio de Janeiro prendeu o sargento Márcio Perez da Oliveira acusado de matar o estudante Rafael Costa, 16 anos, com um tiro de fuzil. O crime aconteceu na noite de domingo, em Cordovil, na zona norte da capital fluminense. O PM responderá por homicídio doloso, quando há intenção de matar.
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Segundo a nota da PM divulgada nesta segunda-feira, o policial militar teria confundido o barulho do estouro de um pneu do carro que Rafael dirigia e, achando que o estudante era bandido, disparou contra o jovem, que morreu na hora. Dois irmãos dele estavam no carro.
O comandante-geral da Polícia Militar, coronel Erir Ribeiro Costa Filho, lamentou a morte do jovem. Ele afirmou que os policiais só devem atirar quando há segurança, porque a principal missão da PM é a preservação da vida. O corpo de Rafael Costa foi enterrado nesta tarde.
Em julho de 2008, ocorreu um caso semelhante. Policiais militares atiraram contra um carro, alegando que havia bandidos no interior do veículo. João Roberto Soares, três anos, foi atingido por vários tiros e morreu. A mãe dele, a advogada Alessandra Amorim Soares, voltava para casa com o menino e o irmão mais novo, Vinícius, então com nove meses, quando parou o carro para dar passagem a um veículo da PM.
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Expulso da PM, o policial Elias Gonçalves respondeu pelos crimes de homicídio qualificado e duas tentativas de homicídio. Ele foi absolvido por júri popular em julgamento no 2º Tribunal do Júri do Rio.