Uma mulher apontada pela polícia como líder do tráfico de drogas na comunidade Novo Horizonte, no Continente, foi presa na manhã de hoje no Santinho, norte da Ilha. Chellen Moana de Jesus, de 26 anos, estava desaparecida desde 9 de maio, quando o Batalhão de Operações Especiais (Bope) da Polícia Militar realizou uma operação que prendeu 19 pessoas suspeitas de fazerem parte de facções criminosas. O advogado de Chellen nega as acusações.

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Conforme o capitão Rafael Vicente, Chellen estava sendo monitorada desde quinta-feira. Atualmente ela cuidava de uma idosa em um apartamento de alto padrão na Rua Frei Caneca, em Florianópolis.

Na manhã deste sábado, ela foi seguida no trajeto até o Santinho. Chellen dirigia o carro da senhora e foi levá-la até a casa do filho. Os policiais preferiram aguardar a chegada na residência para não assustar a idosa.

A polícia acredita que a família não tinha informações sobre o envolvimento de Chellen com o crime organizado. Segundo o capitão, ela teria se utilizado de documentos falsos para arranjar o emprego. Chellen foi encaminhada para o presídio feminino de Florianópolis.

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Ainda conforme a polícia, em 2009, Chellen foi detida por fazer parte de uma quadrilha que atuava no tráfico de drogas que agia em estados do Sul. Na ocasião, ela aguardava no trapiche da Beira-Mar onde receberia cinco quilos de cocaína trazidos do Mato Grosso.

Advogado refuta informações da polícia

De acordo com o advogado criminalista Marcelo Gonzaga, sua cliente Chellen não é uma “criminosa profissional e corresponsável pela onda de violência que assola a Comunidade Novo Horizonte”. Segundo Gonzaga, ela não morava na comunidade Novo Horizonte, mas sim com sua mãe no bairro Capoeiras, motivo pelo qual não poderia mesmo ter sido localizada na operação do dia 9.

O advogado afirma ainda que “não procede que estivesse mantendo relação estável com Gabriel da Silva Ferreira. Quanto à suposta reincidência criminosa mencionada pelo capitão Rafael Vicente, igualmente não procede, pois Chellen não ostenta condenação criminal e jamais fez parte de suposta quadrilha atuante à época (2009) no exercício do tráfico de drogas, e, além disso, equivocada a afirmativa de que Chellen tenha se utilizado de documentos falsos para `arranjar¿ o emprego de doméstica”.

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Para o advogado, “antes de afirmar algo tão sério quanto isso, deveria o referido policial verificar a Carteira de Trabalho de Chellen. Referido documento está em seu nome e indica diversos vínculos de trabalho desde o ano de 2009, e este último a partir desse ano, regularmente confirmado pela família empregadora”.