Policiais civis do Distrito Federal prenderam na tarde da segunda-feira (29) em Florianópolis um homem que estava foragido desde junho suspeito de fazer parte de uma quadrilha de travestis que extorquia e agredia clientes durante programas sexuais. O rapaz foi detido em um apartamento na Capital catarinense. Ele será transferido para Brasília, onde responderá criminalmente.

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O homem era procurado desde a deflagração da Operação Cilada, no dia 25 de junho. Na ocasião, a Polícia Civil do DF colocou atrás das grades cinco integrantes do grupo.

As diligências apontaram que eles reproduziam as extorsões na Europa e no Brasil. Há relatos da atuação em Brasília (DF), Goiânia (GO), Fortaleza (CE), São Paulo (SP) e São Luiz (MA). Os suspeitos são naturais de Goiânia, mas não mantinham residência fixa e viajavam com frequência.

De acordo com as investigações conduzidas pela 5ª Delegacia, o grupo começou a agir na Capital federal no início deste ano. Eles criavam perfis com nomes falsos em aplicativos e sites específicos para relacionamento homoafetivo.

Nas conversas com as vítimas, induzia um encontro amoroso em hotéis e, no quarto alugado, enquanto um dos autores se relacionava com a vítima, os demais ficavam escondidos na sacada ou banheiro e filmavam as relações sexuais e, em seguida, espancavam e extorquiam as vítimas.

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Ainda segundo a polícia, o grupo obrigava a vítima a entregar senhas bancárias, assim como passar o cartão de crédito em máquinas dos suspeitos. Eles também usavam aplicativos de bancos nos celulares das vítimas para realizar empréstimos e transferências. Um dos suspeitos chegou a pagar R$ 22 mil para não ter as imagens divulgadas. Três pessoas denunciaram os crimes no Distrito Federal.