Duas lideranças de uma facção paulista foram presas, na manhã desta quinta-feira (12), durante operação da Polícia Civil realizada em oito cidades do Estado. A polícia investiga o grupo, que tenta se infiltrar em Santa Catarina, desde 2017. Além dos dois líderes, outros 15 suspeitos foram presos, sendo um deles autuado também em flagrante por porte ilegal de arma de fogo. Os mandados também foram cumpridos no sistema prisional.
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No total, são cumpridas 44 ordens judiciais nas cidades de Joinville, Florianópolis, Camboriú, Navegantes, Lages, Criciúma, Tubarão, Praia Grande e ainda em Foz do Iguaçu, no Paraná. Destes mandados, 17 são de prisão preventiva, sete de prisão temporária e 20 de busca e apreensão.
De acordo com o delegado Antônio Claudio Seixas Joca, titular da DRACO, os líderes do grupo foram presos um em Navegantes, no Litoral Catarinense, e outro em uma cidade do Paraná. O líder preso no Litoral Catarinense é apontado pela polícia como responsável por arquitetar furtos e roubos de carros em diversas cidades do Estado.
Posteriormente, os veículos roubados eram encaminhados ao Paraguai e trocados por de drogas, que "abasteciam" os traficantes de SC.
— Desde 2017 a equipe da DRACO/DEIC identificou e indiciou mais de 300 indivíduos dessa organização criminosa. Hoje são mais 39 investigados, sendo que 24 serão indiciados e 15 deles serão objeto de compartilhamento de provas para outros inquéritos — explica Joca.
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Desdobramento de investigação de 2017
Durante os cumprimentos dos mandados, a polícia também encontrou documentos e aparelhos celulares, que irão corroborar com a investigação e ajudar a identificar outros suspeitos de participar do grupo, além de arma de fogo e munições. Ainda conforme Joca, o grupo paulista vem tentando se estabelecer em Santa Catarina há alguns anos.
Desde 2017, a Polícia Civil já identificou e indiciou 313 pessoas que teriam ligação com a facção. A maioria dos envolvidos já responde a processos no sistema prisional catarinense. O nome da operação faz menção a integrantes remanescentes, que foram identificados após a a conclusão deste primeiro inquérito policial.
A polícia realiza diligências no decorrer desta quinta-feira para cumprir todas as ordens de prisão expedidas pelo Judiciário.
Trabalho de repressão constante
De acordo com Luis Felipe Fuentes, diretor da Deic, o objetivo destas operações é a repressão ao crime organizado por meio operações constantes e periódicas. Neste ano, a Deic já realizou pelo menos duas megaoperações em Joinville para combater a atuação do crime organizado.
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— O objetivo da polícia é manter uma pressão constante com investigação permanente e operações periódicas, assim que são estes indivíduos são identificados — esclarece.