O delegado Wanderley Redondo, da Delegacia Especializada em Pessoas Desaparecidas, de Florianópolis, está reunido na manhã desta sexta-feira com a delegada da Delegacia da Mulher, Criança, Adolescente e Idoso de Jaraguá do Sul, Milena de Fátima Rosa, para tratar novas estratégias para resolver o mistério sobre o desaparecimento de Emili Miranda Anacleto, de um ano e 11 meses, no dia 21. O pai dela, Alexandre Anacleto, de 31 anos, a levou sem o conhecimento da mãe durante uma visita assistida na sua residência.
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De acordo com o delegado Wanderley a equipe da delegacia especializada está realizando diligências diárias em Jaraguá e e em Barra Velha, onde foi encontrado um corpo carbonizado dentro do carro de Alexandre, na praia de Itajuba, no dia 23. Segundo ele, uma das possibilidades avaliadas é a quebra do sigilo telefônico do pai da menina. Para isso, Wanderley e Milena pretendem ouvir mais testemunhas que possam fornecer elementos para que seja feito o pedido à Justiça. Até o momento, o celular do suspeito não foi localizado.
–Precisamos conversar com mais pessoas para justificar esse pedido à Justiça – comenta Wanderley.
Desde que o carro de Alexandre foi encontrado queimado com um corpo carbonizado, a polícia trabalha em duas investigações: uma para descobrir se o corpo é o do pai de Emili e outra para saber o paradeiro da criança. A identidade do cadáver só pode ser confirmada através de um exame de DNA. O resultado deve ficar pronto em até 30 dias.
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Quem souber do paradeiro da menina pode avisar a Polícia Civil pelo telefone (47) 3370-0331 ou através do Disque-denúncia da Polícia Civil pelo 181.
Entenda o caso
21 de maio:
O pai de Emili, Alexandre Anacleto, vai até a casa da mãe da menina, Josenilda Alves de Miranda, em Jaraguá do Sul, para fazer uma visita assistida à criança. Depois de uma discussão, ele foge com a menina dizendo que iria matá-la e depois cometer o suicídio.
No mesmo dia, sem notícias do ex-marido e da filha, Josenilda registra um boletim de ocorrência na Delegacia de Proteção à Criança, ao Adolescente, à Mulher e ao Idoso de Jaraguá do Sul, denunciando o rapto da filha pelo pai.
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23 de maio:
O carro do pai de Emili é encontrado queimado em Barra Velha. Dentro dele havia o corpo de uma pessoa carbonizado, que não foi identificado por causa das queimaduras. O corpo é encaminhado para o IML de Itajaí, onde passa por exame de DNA que ficará pronto em até 30 dias.
26 de maio:
As polícias de Barra Velha e Jaraguá do Sul começam a realizar visitas às famílias paterna e materna de Emili. Todos asseguram que a garota não estava acompanhada do pai quando ele foi visto pela última vez.
28 e 29 de maio:
Os delegados das duas cidades chamam os familiares e conhecidos da menina Emili e do pai Alexandre para prestarem depoimento.
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