A Polícia Civil de Biguaçu, na Grande Florianópolis, pediu a conversão da prisão temporária para prisão preventiva da esposa de Jean Carlos Decker, coordenador de informática de uma emissora de televisão da Capital. Ele foi assassinado com um tiro na cabeça, no dia 7 de agosto, enquanto dormia, em casa no Bairro Vendaval.
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Adriana da Silva Decker, 30 anos, é suspeita de ser a mandante do crime. Está em uma delegacia de Antônio Carlos. Se a Justiça acatar o pedido, a suspeita deverá ficar presa até o possível julgamento. Aí, ela será mandada para o Presídio Feminino de Florianópolis. Se permanecer a temporária, a mulher poderá ser solta em menos de dois meses.
Impressão de cena montada
Uma equipe do Instituto Geral de Perícias (IGP) fez a reconstituição nesta quarta-feira. O delegado responsável pelo caso, Nilton César da Silva, afirma que uma série de fatores ainda devem ser investigados, principalmente em relação à cena do crime.
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– A primeira verificação, a partir do que nos foi informado pelos peritos, dá a impressão de que o ambiente foi montado – disse o delegado, em entrevista ao repórter Oswaldo Sagaz, da Rádio CBN Diário.
Latrocínio descartado
Léo Bruning, vizinho da família, foi um dos primeiros a entrar na casa depois da suspeita de que Jean estava morto. Alertado por um outro vizinho, ele chegou a entrar para verificar o que havia acontecido.
– Só tinha um pacote de roupa no chão, que dava a impressão de ter sido jogado por alguém. O celular dele estava na cabeceira da cama, o notebook estava na estante. Na sala, não tinha nada mexido, a TV estava no lugar – descreve Léo.
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Segundo investigação da polícia, Jean foi assassinado assim que a esposa saiu para o trabalho, por volta das 6h. O crime só foi descoberto no início da noite, quando Adriana voltou para casa com os dois filhos do casal. Apenas a moto da vítima foi levada.
Por tudo isso, o delegado descartou a possibilidade de latrocínio – roubo seguido de morte.