A Polícia Civil confirmou o pedido de prisão de dois construtores suspeitos de golpe na venda de apartamentos em construção na praia dos Ingleses, norte da Ilha, em Florianópolis. As informações são do Jornal do Almoço. O delegado que cuida do inquérito, Nivaldo Claudino, informou que a maioria das quase cem vítimas já prestou depoimento, e os construtores devem responder por estelionato e formação de quadrilha.
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Todos os apartamentos dos três condomínios começaram a ser erguidos em 2015 e foram vendidos, inclusive com a participação de imobiliárias. No entanto, as obras foram abandonadas. Um dos apartamentos chegou a ser vendido para oito pessoas diferentes. Os construtores estão foragidos.
Relembre o caso
Segundo reportagem de fevereiro deste ano, dois homens se apresentaram como construtores e sócios que começaram as obras de três condomínios nos Ingleses em 2015 e venderam com a participação de imobiliárias todos os apartamentos. Só que antes de ficarem prontos, os construtores sumiram e deixaram para trás obras inacabadas e quase cem compradores indignados e sem saber o que fazer.
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— Isso envolveu sonhos, emoções, tem gente doente, depressiva — disse uma das vítimas ao Jornal do Almoço.
Quem comprou o apartamento direto em imobiliária está ainda mais indignado porque recebeu a garantia de que se tratavam de imóveis construídos sem irregularidades.
Além de vender e não entregar, os construtores venderam os mesmos apartamentos para vários compradores diferentes.
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O advogado de um grupo de compradores, Rodrigo Zambarda, acredita que esse golpe envolve diferentes crimes.
— No meu entendimento, há falsidade documental e ideológica, e indícios fortes de formação de quadrilha.
Construções podem ser demolidas
Em fevereiro, a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano disse que as três construções não têm projetos e foram embargadas e multadas. Afirmou ainda que foi instaurado processo para demolir as construções. Os responsáveis, apesar de notificados, em momento nenhum procuraram a prefeitura.
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Ouvida pelo JA, a advogada Paula Farias, explicou que as imobiliárias também têm responsabilidade.